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25/02/2005
-
10h58
da Agência Lusa
Um coquetel de anti-retrovirais é mais eficaz do que só nevirapina para impedir a transmissão da Aids das mulheres grávidas aos filhos, indicam estudos apresentados num congresso internacional sobre os retrovirus.
Nos países em desenvolvimento, e sobretudo na África, o tratamento de escolha para diminuir os riscos de uma mãe soropositiva infectar o seu filho é uma simples dose de nevirapina, um medicamento barato.
Mas a nevirapina, fabricada pelos laboratórios farmacêuticos alemães Boehringer Ingelheim com o nome de Viramune, é alvo de controvérsia, principalmente na África do Sul, por provocar uma mutação do vírus na mãe que o torna cada vez mais resistente aos tratamentos.
Segundo um estudo apresentado no congresso, que ocorre em Boston (EUA), mais de 60% das mulheres soropositivas grávidas que receberam uma dose simples de nevirapina mostraram sinais precoces de resistência ao medicamento, em comparação com apenas 40% de casos estimados até agora.
Na elaboração do estudo, feito por pesquisadores dos Centros de Controle e Prevenção das Doenças Infecciosas (CDC) dos Estados Unidos, foram utilizadas análises de maior sensibilidade.
Os ensaios clínicos mostraram que coquetéis de anti-retrovirais administrados durante várias semanas na gravidez, combinados com uma só dose de nevirapina durante o trabalho de parto, provocam uma taxa de resistência muito fraca, são mais eficazes para proteger o recém-nascido da transmissão do vírus e são pouco dispendiosos.
Em vários desses ensaios realizados em países africanos foi administrada uma simples dose de nevirapina pouco antes do parto e Combivir, uma combinação dos anti-retrovirais AZT e 3TC durante várias semanas de gravidez.
Uma equipe de pesquisadores franceses da Universidade René Descartes de Paris fez um ensaio clínico com o coquetel em 329 mulheres grávidas, no quadro de um projeto de tratamento da Aids em Abidjan, na Costa do Marfim, em 2002 e 2003.
"Seis semanas após o nascimento, a taxa de transmissão foi de apenas 4,7%", afirmaram os pesquisadores.
Comprovada eficácia de coquetel de anti-retrovirais
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Um coquetel de anti-retrovirais é mais eficaz do que só nevirapina para impedir a transmissão da Aids das mulheres grávidas aos filhos, indicam estudos apresentados num congresso internacional sobre os retrovirus.
Nos países em desenvolvimento, e sobretudo na África, o tratamento de escolha para diminuir os riscos de uma mãe soropositiva infectar o seu filho é uma simples dose de nevirapina, um medicamento barato.
Mas a nevirapina, fabricada pelos laboratórios farmacêuticos alemães Boehringer Ingelheim com o nome de Viramune, é alvo de controvérsia, principalmente na África do Sul, por provocar uma mutação do vírus na mãe que o torna cada vez mais resistente aos tratamentos.
Segundo um estudo apresentado no congresso, que ocorre em Boston (EUA), mais de 60% das mulheres soropositivas grávidas que receberam uma dose simples de nevirapina mostraram sinais precoces de resistência ao medicamento, em comparação com apenas 40% de casos estimados até agora.
Na elaboração do estudo, feito por pesquisadores dos Centros de Controle e Prevenção das Doenças Infecciosas (CDC) dos Estados Unidos, foram utilizadas análises de maior sensibilidade.
Os ensaios clínicos mostraram que coquetéis de anti-retrovirais administrados durante várias semanas na gravidez, combinados com uma só dose de nevirapina durante o trabalho de parto, provocam uma taxa de resistência muito fraca, são mais eficazes para proteger o recém-nascido da transmissão do vírus e são pouco dispendiosos.
Em vários desses ensaios realizados em países africanos foi administrada uma simples dose de nevirapina pouco antes do parto e Combivir, uma combinação dos anti-retrovirais AZT e 3TC durante várias semanas de gravidez.
Uma equipe de pesquisadores franceses da Universidade René Descartes de Paris fez um ensaio clínico com o coquetel em 329 mulheres grávidas, no quadro de um projeto de tratamento da Aids em Abidjan, na Costa do Marfim, em 2002 e 2003.
"Seis semanas após o nascimento, a taxa de transmissão foi de apenas 4,7%", afirmaram os pesquisadores.
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