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03/03/2005 - 11h14

Brasileira recebe prêmio para mulheres cientistas na França

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da France Presse, em Paris

A física brasileira Belita Koiller recebeu nesta quinta-feira em Paris um dos cinco prêmios concedidos pela Unesco e a empresa internacional de cosméticos L'Oreal destinados a promover o papel da mulher na ciência.

Koiller, professora titular de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi recompensada com 100 mil dólares por seus trabalhos de pesquisa teóricas sobre os elétrons em meios desordenados como o vidro.

Pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico desde 1985 e primeira física titular da Academia Brasileira de Ciências, Koiller é uma reconhecida diretora de teses e inspirou uma nova geração de cientistas brasileiros.

Em 2002 foi condecorada com a Ordem Nacional do Mérito Científico pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Koiller é a terceira brasileira que recebe este prêmio, depois da especialista em genética Mayana Zatz, em 2001, e a bioquímica Lucia Mendonça Previato, em 2004.

Nesta quinta-feira, cinco mulheres, uma de cada continente, foram recompensadas com o prêmio: a tunisiana Zohra Ben Lajdar, a americana Myriam P. Sarachik, a japonesa Fumiko Yonezawa e a francesa Dominique Langevin, além de Koiller.

A edição 2005 deste prêmio coincide com a celebração do Ano Internacional da Física, e por isso privilegiou trabalhos de pesquisas da matéria, um campo no qual "as mulheres estão insuficientemente representadas", segundo a Unesco.

Os trabalhos premiados dizem respeito aos campos mais promissores da Física, como a nanociência ou a física quântica.

Não se centram apenas em diferentes tecnologias como os semicondutores, a medição da poluição do ar ou a extração de petróleo, mas abrem perspectivas fantásticas à construção de módulos para a Estação Espacial Internacional de Marte ou para a criação do computador quântico, que poderia revolucionar todos os métodos de trabalho atuais.

Além da premiação, criada em 1998, a Unesco e a L'Oreal, que prorrogaram o acordo de colaboração por mais cinco anos, concederam 15 bolsas de 20 mil dólares cada uma a jovens cientistas.

Entre elas está outra brasileira, Michelle Lucinda de Oliveira, por sua pesquisa dos cânceres hepáticos, sobretudo a relação entre a ressecção do fígado e o desenvolvimento de metástase.

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