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04/03/2005
-
13h15
da Agência Lusa
A "cidade perdida", um campo de grandes chaminés minerais em forma de estalagmites a 700 metros de profundidade descoberto em 2000 no meio do Atlântico, tem um ecossistema muito mais rico do que se julgava.
Segundo um estudo publicado hoje pela revista "Science", as chaminés brancas de carbonato observadas, algumas das quais com 60 metros de altura, constituem uma nova categoria de sistema hidrotermal no fundo do oceano.
Essa "cidade perdida", nome do navio de investigação oceanográfica Atlantis em que navegaram os autores da descoberta, é muito diferente dos sistemas hidrotermais de origem vulcânica mais conhecidos.
No caso das chaminés brancas, as reações químicas entre a água do mar e minerais peridotíticos produzem calor (de 40 a 90 graus Celsius), hidrogênio e metano que se libertam através dessas bocas hidrotermais em rochas muito mais antigas, criando um ecossistema rico, segundo o estudo.
Quando descobriram a "cidade perdida", os cientistas não tinham descoberto sinais significativos de vida. Só num estudo posterior, feito em 2003, observaram no conteúdo de certas chaminés brancas um grupo homogêneo de bactérias que dependia de metano para viver.
Em volta das chaminés, foram descobertos numerosos organismos e animais, como pequenos crustáceos translúcidos de menos de 2,5 centímetros de comprimento e vermes.
O estudo foi financiado pela Fundação Nacional da Ciência dos Estados Unidos, o Instituto de Astrobiologia da NASA e a Fundação Nacional da Ciência da Suíça.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre ecossistemas
Ecossistema da "cidade perdida" surpreende investigadores
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A "cidade perdida", um campo de grandes chaminés minerais em forma de estalagmites a 700 metros de profundidade descoberto em 2000 no meio do Atlântico, tem um ecossistema muito mais rico do que se julgava.
Segundo um estudo publicado hoje pela revista "Science", as chaminés brancas de carbonato observadas, algumas das quais com 60 metros de altura, constituem uma nova categoria de sistema hidrotermal no fundo do oceano.
Essa "cidade perdida", nome do navio de investigação oceanográfica Atlantis em que navegaram os autores da descoberta, é muito diferente dos sistemas hidrotermais de origem vulcânica mais conhecidos.
No caso das chaminés brancas, as reações químicas entre a água do mar e minerais peridotíticos produzem calor (de 40 a 90 graus Celsius), hidrogênio e metano que se libertam através dessas bocas hidrotermais em rochas muito mais antigas, criando um ecossistema rico, segundo o estudo.
Quando descobriram a "cidade perdida", os cientistas não tinham descoberto sinais significativos de vida. Só num estudo posterior, feito em 2003, observaram no conteúdo de certas chaminés brancas um grupo homogêneo de bactérias que dependia de metano para viver.
Em volta das chaminés, foram descobertos numerosos organismos e animais, como pequenos crustáceos translúcidos de menos de 2,5 centímetros de comprimento e vermes.
O estudo foi financiado pela Fundação Nacional da Ciência dos Estados Unidos, o Instituto de Astrobiologia da NASA e a Fundação Nacional da Ciência da Suíça.
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