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08/03/2005
-
18h47
da France Presse
Profundamente dividida, a assembléia-geral da ONU aprovou nesta terça-feira uma declaração instando os governos a que proíbam todo tipo de clonagem humana, inclusive a terapêutica, o que significou uma vitória política para os Estados Unidos.
Alguns países imediatamente manifestaram seu desacordo com a determinação, que não é vinculante, e que foi aprovada por 84 votos contra 34 e 37 abstenções, depois de quatro anos de intensos debates sobre o significado da vida humana.
Todos os 191 membros da ONU concordaram que a clonagem com fins reprodutivos (para dar origem a outros seres humanos) deveria ser proibida, mas houve intensos desacordos sobre a validade da chamada clonagem terapêutica.
Muitos cientistas afirmam que a clonagem terapêutica --na qual embriões são clonados para produzir células-tronco para utilização em pesquisas médicas antes de serem destruídos-- pode ajudar a encontrar a cura para doenças como o mal de Alzheimer e o câncer.
A administração do presidente americano, George W. Bush, no entanto, argumentou que estas pesquisas acabam levando à destruição de vida humana e deveriam ser proscritas.
Washington ajudou a liderar a oposição a uma declaração que viria a se levantar contra a clonagem reprodutiva, enquanto deixou o tema da clonagem com fins terapêuticos para decisão individual de cada país.
Com a abstenção de muitos países islâmicos devido à falta de consenso sobre o assunto, a declaração não-vinculante foi aprovada da forma como foi apresentada ante a um comitê da ONU, no mês passado.
China, Bélgica e Reino Unido (aliado-chave dos Estados Unidos) informaram imediatamente que a decisão da assembléia não mudará sua posição a favor da clonagem para uso em pesquisa médica.
Sem citar nominalmente os Estados Unidos, o embaixador britânico na ONU, Emyr Jones Parry, censurou severamente "a intransigência daqueles que não estão preparados para reconhecer que outros Estados soberanos" podem apoiar apoiar a clonagem com fins terapêuticos.
Ele chamou o documento da ONU de "uma declaração ambígua que pode gerar confusão sobre a aceitabilidade deste importante campo de pesquisa" na medicina.
Os defensores das pesquisas com células-tronco afirmaram que a decisão da ONU não deterá as investigações e que conseguiu apenas bloquear a proibição consensual da clonagem de embriões para reproduzir seres humanos adultos.
"Ao invés de proibir completamente a clonagem reprodutiva, os inimigos das pesquisas com células-tronco preferiram entrar no jogo de palavras ideológico às custas de milhões de adultos e crianças que imploram por uma cura", afirmou Bernard Siegel, diretor-executivo do Instituto de Políticas Genéticas.
"A pesquisa sobre clonagem terapêutica não será bloqueada de forma alguma", concluiu.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre clonagem humana
EUA conseguem vitória com proibição de clonagem na ONU
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Profundamente dividida, a assembléia-geral da ONU aprovou nesta terça-feira uma declaração instando os governos a que proíbam todo tipo de clonagem humana, inclusive a terapêutica, o que significou uma vitória política para os Estados Unidos.
Alguns países imediatamente manifestaram seu desacordo com a determinação, que não é vinculante, e que foi aprovada por 84 votos contra 34 e 37 abstenções, depois de quatro anos de intensos debates sobre o significado da vida humana.
Todos os 191 membros da ONU concordaram que a clonagem com fins reprodutivos (para dar origem a outros seres humanos) deveria ser proibida, mas houve intensos desacordos sobre a validade da chamada clonagem terapêutica.
Muitos cientistas afirmam que a clonagem terapêutica --na qual embriões são clonados para produzir células-tronco para utilização em pesquisas médicas antes de serem destruídos-- pode ajudar a encontrar a cura para doenças como o mal de Alzheimer e o câncer.
A administração do presidente americano, George W. Bush, no entanto, argumentou que estas pesquisas acabam levando à destruição de vida humana e deveriam ser proscritas.
Washington ajudou a liderar a oposição a uma declaração que viria a se levantar contra a clonagem reprodutiva, enquanto deixou o tema da clonagem com fins terapêuticos para decisão individual de cada país.
Com a abstenção de muitos países islâmicos devido à falta de consenso sobre o assunto, a declaração não-vinculante foi aprovada da forma como foi apresentada ante a um comitê da ONU, no mês passado.
China, Bélgica e Reino Unido (aliado-chave dos Estados Unidos) informaram imediatamente que a decisão da assembléia não mudará sua posição a favor da clonagem para uso em pesquisa médica.
Sem citar nominalmente os Estados Unidos, o embaixador britânico na ONU, Emyr Jones Parry, censurou severamente "a intransigência daqueles que não estão preparados para reconhecer que outros Estados soberanos" podem apoiar apoiar a clonagem com fins terapêuticos.
Ele chamou o documento da ONU de "uma declaração ambígua que pode gerar confusão sobre a aceitabilidade deste importante campo de pesquisa" na medicina.
Os defensores das pesquisas com células-tronco afirmaram que a decisão da ONU não deterá as investigações e que conseguiu apenas bloquear a proibição consensual da clonagem de embriões para reproduzir seres humanos adultos.
"Ao invés de proibir completamente a clonagem reprodutiva, os inimigos das pesquisas com células-tronco preferiram entrar no jogo de palavras ideológico às custas de milhões de adultos e crianças que imploram por uma cura", afirmou Bernard Siegel, diretor-executivo do Instituto de Políticas Genéticas.
"A pesquisa sobre clonagem terapêutica não será bloqueada de forma alguma", concluiu.
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