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09/03/2005
-
17h41
da France Presse
Cientistas que participaram na primeira expedição científica queniana em busca de fósseis de dinossauros descobriram centenas de ossos em uma área antes conhecida pela descoberta de restos de antigos humanos, informaram os membros da equipe nesta quarta-feira.
Os paleontólogos quenianos e americanos que chefiaram a escavação descobriram mais de 200 espécimes de dinossauros, inclusive três de grandes dinossauros carnívoros terópodes, que, acredita-se, estejam relacionados com o temido Tiranossauro Rex, no noroeste do Quênia.
Os ossos datam da era mezozóica, de mais de 200 milhões de anos, e são a primeira evidência concreta de que os dinossauros habitaram a área onde hoje fica o Quênia antes dos primeiros humanos, que viveram ali dezenas de milhões de anos depois.
A escavação foi chefiada por uma equipe da Universidade de Utah e do Museu Nacional do Quênia, em julho e agosto de 2004, em Lokitaung Gorge, perto do Lago Turkana, onde um grande número de fósseis humanos foram desenterrados.
"A descoberta é uma marco no estudo da evolução e da vida no Quênia primitivo", explicou Emma Mbua, paleontóloga chefe do Museu do Quênia.
"Esta é uma evidência clara de que os dinossauros viveram no Quênia há mais de 200 milhões de anos, separados do homem primitivo, cuja existência, segundo descobertas feitas no Quênia, data de cerca de 4,2 milhões de anos atrás", disse.
"Nós não encontramos esqueletos completos, mas recuperamos aproximadamente 200 fósseis de dinossauros e crocodilos gigantes", disse Scott Sampson, curador de paleontologia do Museu de Utah de História Natural, em Salt Lake City. "Exames preliminares sugerem que os fósseis representam dinossauros do Cretáceo, período final da era mezozóica e um intervalo pouco conhecido em toda a África", disse.
Os espécimes recuperados são de espécies diferentes de dinossauros, inclusive terópodes, uma ou duas formas de herbívoros saurópodes ou brontossauros e um herbívoro pequeno, de duas patas, parente de um dinossauro com bico de pato, disse Sampson em um relatório preliminar sobre a expedição.
Além disso, a equipe colheu fragmentos de mandíbulas com dentes de pelo menos duas espécies de crocodilos --"um deles, um verdadeiro gigante", destacou o cientista no relatório, apresentado ao Museu de Utah, mas ainda não publicado.
A expedição foi inspirada na descoberta casual, em 1968, do que acredita-se ser o primeiro osso de dinossauro na região por Frank Brown, arqueólogo da Universidade de Utah, que estava a caminho de uma área pré-histórica em Omo Valley, na Etiópia.
"Naquela época, os especialistas descobriram fósseis de dinossauro encravados em pedras, que deram indícios da possibilidade de recuperar restos de dinossauros", afirmou Mbua.
Nos anos que se seguiram, os visitantes da "Turkana Grits", uma formação rochosa da margem oeste do Lago Turkana, perto da cidade de Lokitaung, disseram ter visto fragmentos de ossos incomuns, mas segundo Sampson nenhuma expedição científica foi enviada para lá até o ano passado.
A descoberta dos fósseis no Quênia, assim como de dinossauros primitivos e de hominídeos na Tanzânia, além da anunciada descoberta de restos de bípedes na Etiópia dá maior peso aos argumentos de que o leste da África foi o berço da vida não só para humanos, mas também para animais, disse Mbua.
Acredita-se que durante a era mesozóica, um período de cerca de 180 milhões de anos entre 251 e 65,5 milhões de anos atrás, os dinossauros tenham dominado a terra, enquanto os oceanos eram povoados por grandes répteis marinhos e o ar, por pterossauros.
Os cientistas acreditam que os dinossauros vagaram pela terra antes da separação tectônica de duas superplacas continentais, Laurásia e Gonduanalândia, que deram origem a América do Norte, Europa e Ásia (a primeira); Austrália, Índia, América do Sul, África e Antártica (a segunda).
Especial
Leia o que já foi publicado sobre fósseis de dinossauros
Expedição pioneira revela fósseis de dinossauros onde o homem viveu
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Cientistas que participaram na primeira expedição científica queniana em busca de fósseis de dinossauros descobriram centenas de ossos em uma área antes conhecida pela descoberta de restos de antigos humanos, informaram os membros da equipe nesta quarta-feira.
Os paleontólogos quenianos e americanos que chefiaram a escavação descobriram mais de 200 espécimes de dinossauros, inclusive três de grandes dinossauros carnívoros terópodes, que, acredita-se, estejam relacionados com o temido Tiranossauro Rex, no noroeste do Quênia.
Os ossos datam da era mezozóica, de mais de 200 milhões de anos, e são a primeira evidência concreta de que os dinossauros habitaram a área onde hoje fica o Quênia antes dos primeiros humanos, que viveram ali dezenas de milhões de anos depois.
A escavação foi chefiada por uma equipe da Universidade de Utah e do Museu Nacional do Quênia, em julho e agosto de 2004, em Lokitaung Gorge, perto do Lago Turkana, onde um grande número de fósseis humanos foram desenterrados.
"A descoberta é uma marco no estudo da evolução e da vida no Quênia primitivo", explicou Emma Mbua, paleontóloga chefe do Museu do Quênia.
"Esta é uma evidência clara de que os dinossauros viveram no Quênia há mais de 200 milhões de anos, separados do homem primitivo, cuja existência, segundo descobertas feitas no Quênia, data de cerca de 4,2 milhões de anos atrás", disse.
"Nós não encontramos esqueletos completos, mas recuperamos aproximadamente 200 fósseis de dinossauros e crocodilos gigantes", disse Scott Sampson, curador de paleontologia do Museu de Utah de História Natural, em Salt Lake City. "Exames preliminares sugerem que os fósseis representam dinossauros do Cretáceo, período final da era mezozóica e um intervalo pouco conhecido em toda a África", disse.
Os espécimes recuperados são de espécies diferentes de dinossauros, inclusive terópodes, uma ou duas formas de herbívoros saurópodes ou brontossauros e um herbívoro pequeno, de duas patas, parente de um dinossauro com bico de pato, disse Sampson em um relatório preliminar sobre a expedição.
Além disso, a equipe colheu fragmentos de mandíbulas com dentes de pelo menos duas espécies de crocodilos --"um deles, um verdadeiro gigante", destacou o cientista no relatório, apresentado ao Museu de Utah, mas ainda não publicado.
A expedição foi inspirada na descoberta casual, em 1968, do que acredita-se ser o primeiro osso de dinossauro na região por Frank Brown, arqueólogo da Universidade de Utah, que estava a caminho de uma área pré-histórica em Omo Valley, na Etiópia.
"Naquela época, os especialistas descobriram fósseis de dinossauro encravados em pedras, que deram indícios da possibilidade de recuperar restos de dinossauros", afirmou Mbua.
Nos anos que se seguiram, os visitantes da "Turkana Grits", uma formação rochosa da margem oeste do Lago Turkana, perto da cidade de Lokitaung, disseram ter visto fragmentos de ossos incomuns, mas segundo Sampson nenhuma expedição científica foi enviada para lá até o ano passado.
A descoberta dos fósseis no Quênia, assim como de dinossauros primitivos e de hominídeos na Tanzânia, além da anunciada descoberta de restos de bípedes na Etiópia dá maior peso aos argumentos de que o leste da África foi o berço da vida não só para humanos, mas também para animais, disse Mbua.
Acredita-se que durante a era mesozóica, um período de cerca de 180 milhões de anos entre 251 e 65,5 milhões de anos atrás, os dinossauros tenham dominado a terra, enquanto os oceanos eram povoados por grandes répteis marinhos e o ar, por pterossauros.
Os cientistas acreditam que os dinossauros vagaram pela terra antes da separação tectônica de duas superplacas continentais, Laurásia e Gonduanalândia, que deram origem a América do Norte, Europa e Ásia (a primeira); Austrália, Índia, América do Sul, África e Antártica (a segunda).
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