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06/04/2005
-
09h48
da Agência Folha
Estudo realizado na Área de Proteção Ambiental Ilha do Bananal/Cantão identificou 3.334 impactos ambientais provocados por projetos hidroagrícolas, 90% deles negativos.
Os resultados integram a tese de doutorado de Iracy Coelho de Menezes Martins, do Departamento de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Tocantins. Ela estudou os impactos do da agricultura irrigada de arroz na planície do rio Araguaia durante quatro anos.
Para Martins, caso a parte suprimida da área de proteção ambiental seja utilizada para o agronegócio, especialmente para o cultivo de arroz e soja, haverá uma "ampliação dos efeitos que aconteceram nas áreas já estudadas".
"Se o governo pretender fazer o mesmo uso [hidroagrícola], que é uma vocação da região, vão continuar existindo os mais de 3.000 impactos. A menos que não sejam tomadas medidas mitigadoras, isso poderá ser potencializado."
"O que mais nos preocupa é o desequilíbrio ecológico pela redução da biodiversidade --toda uma cadeia trófica [referente à nutrição] contaminada pelo uso intensivo de pesticidas-- e a questão do ciclo hidrológico, que é completamente alterado."
De acordo com Martins, o efeito ocorre porque esse tipo de projeto remove o ambiente natural. "Já constatamos seis aves em extinção e 12 endêmicas [nativas] que sofrerão efeitos."
A alteração no regime hidrológico ocorre porque na agricultura irrigada os alagamentos --que hoje acontecem de quatro a seis meses por ano-- passam a ser contínuos o ano todo, afetando os lençóis freáticos.
"Dentre as primeiras mudanças drásticas que já aconteceram estão o afundamento de vários segmentos de florestas preservadas, as chamadas ipucas. Isso iria acontecer naturalmente, mas os processos naturais estão sendo acelerados pela irrigação."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre agricultura
Agricultura irrigada de arroz pode ameaçar aves nativas
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Estudo realizado na Área de Proteção Ambiental Ilha do Bananal/Cantão identificou 3.334 impactos ambientais provocados por projetos hidroagrícolas, 90% deles negativos.
Os resultados integram a tese de doutorado de Iracy Coelho de Menezes Martins, do Departamento de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Tocantins. Ela estudou os impactos do da agricultura irrigada de arroz na planície do rio Araguaia durante quatro anos.
Para Martins, caso a parte suprimida da área de proteção ambiental seja utilizada para o agronegócio, especialmente para o cultivo de arroz e soja, haverá uma "ampliação dos efeitos que aconteceram nas áreas já estudadas".
"Se o governo pretender fazer o mesmo uso [hidroagrícola], que é uma vocação da região, vão continuar existindo os mais de 3.000 impactos. A menos que não sejam tomadas medidas mitigadoras, isso poderá ser potencializado."
"O que mais nos preocupa é o desequilíbrio ecológico pela redução da biodiversidade --toda uma cadeia trófica [referente à nutrição] contaminada pelo uso intensivo de pesticidas-- e a questão do ciclo hidrológico, que é completamente alterado."
De acordo com Martins, o efeito ocorre porque esse tipo de projeto remove o ambiente natural. "Já constatamos seis aves em extinção e 12 endêmicas [nativas] que sofrerão efeitos."
A alteração no regime hidrológico ocorre porque na agricultura irrigada os alagamentos --que hoje acontecem de quatro a seis meses por ano-- passam a ser contínuos o ano todo, afetando os lençóis freáticos.
"Dentre as primeiras mudanças drásticas que já aconteceram estão o afundamento de vários segmentos de florestas preservadas, as chamadas ipucas. Isso iria acontecer naturalmente, mas os processos naturais estão sendo acelerados pela irrigação."
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