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29/11/2000
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19h31
Na esperança de evitar novos recolhimentos de gêneros contendo um tipo de milho transgênico autorizado só para animais, nos EUA, as indústrias de alimentação, agricultura e biotecnologia pediram à Agência de Proteção Ambiental norte-americana (EPA) que aprove temporariamente o milho também para consumo humano. As informações estão no "The New York Times".
O pedido está sendo criticado por membros da comunidade científica. "Não é obrigação da EPA arrumar a bagunça", disse Jane Rissler, da União dos Cientistas Preocupados. "Ajudar a indústria iria minar a confiança que a EPA possui como órgão regulador", afirmou.
O debate ocorreu em uma reunião pública do painel consultor científico da EPA. Até agora, a agência aprovou o milho, chamado StarLink, apenas para ração animal, pois existe a preocupação de que o produto possa causar alergias.
Traços do milho foram detectados recentemente em vários alimentos, incluindo a linha Taco Bell, obrigando empresas a recolher seus produtos e forçando a criadora do milho, a Aventis CropScience, a prometer comprar toda a colheita do StarLink deste ano e interromper o licenciamento da semente.
A companhia, com o apoio de grande parte da indústria de grãos e alimentos, pediu no mês passado que a EPA aprovasse o uso do StarLink em alimentos pelo prazo de quatro anos.
Embora a questão debatida na reunião fosse científica _a de determinar se a liberação seria um risco para o público_, a urgência do debate tem raízes econômicas. Companhias de alimentos e fornecedores de grãos temem que, caso a agência não entre em ação, os custos aumentem, pela necessidade de testar os grãos para se certificar de que não há StarLink misturado.
Larry Somerville, diretor científico da Aventis, disse que a empresa "continuará empenhada" em direcionar o StarLink para uso em rações animais, seja qual for a decisão da EPA.
A empresa afirma que a proteína inserida artificialmente no milho, capaz de matar lagartas que atacam as plantações, dificilmente seria alergênica.
A EPA pediu ao painel que apresente um relatório até o fim da semana, para que a agência tome uma decisão.
Agência dos EUA debate autorização de milho transgênico
da Folha de S.PauloNa esperança de evitar novos recolhimentos de gêneros contendo um tipo de milho transgênico autorizado só para animais, nos EUA, as indústrias de alimentação, agricultura e biotecnologia pediram à Agência de Proteção Ambiental norte-americana (EPA) que aprove temporariamente o milho também para consumo humano. As informações estão no "The New York Times".
O pedido está sendo criticado por membros da comunidade científica. "Não é obrigação da EPA arrumar a bagunça", disse Jane Rissler, da União dos Cientistas Preocupados. "Ajudar a indústria iria minar a confiança que a EPA possui como órgão regulador", afirmou.
O debate ocorreu em uma reunião pública do painel consultor científico da EPA. Até agora, a agência aprovou o milho, chamado StarLink, apenas para ração animal, pois existe a preocupação de que o produto possa causar alergias.
Traços do milho foram detectados recentemente em vários alimentos, incluindo a linha Taco Bell, obrigando empresas a recolher seus produtos e forçando a criadora do milho, a Aventis CropScience, a prometer comprar toda a colheita do StarLink deste ano e interromper o licenciamento da semente.
A companhia, com o apoio de grande parte da indústria de grãos e alimentos, pediu no mês passado que a EPA aprovasse o uso do StarLink em alimentos pelo prazo de quatro anos.
Embora a questão debatida na reunião fosse científica _a de determinar se a liberação seria um risco para o público_, a urgência do debate tem raízes econômicas. Companhias de alimentos e fornecedores de grãos temem que, caso a agência não entre em ação, os custos aumentem, pela necessidade de testar os grãos para se certificar de que não há StarLink misturado.
Larry Somerville, diretor científico da Aventis, disse que a empresa "continuará empenhada" em direcionar o StarLink para uso em rações animais, seja qual for a decisão da EPA.
A empresa afirma que a proteína inserida artificialmente no milho, capaz de matar lagartas que atacam as plantações, dificilmente seria alergênica.
A EPA pediu ao painel que apresente um relatório até o fim da semana, para que a agência tome uma decisão.
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