Publicidade
Publicidade
10/07/2005
-
09h42
da France Presse, em Washington
Dois anos e meio depois do acidente com o Columbia, a retomada dos vôos de ônibus espaciais, neste caso o Discovery, prevista para o próximo dia 13 (quarta-feira), é aguardada com certa apreensão nos Estados Unidos. No entanto, o sucesso da missão é considerado fundamental para que os objetivos espaciais americanos sejam alcançados.
"Retomar os vôos do ônibus espacial sem riscos é o primeiro passo em nosso projeto de exploração espacial", disse o diretor da Nasa, Michael Griffin, em audiência no Congresso no fim de junho.
"Mas apesar dos esforços da Nasa para corrigir os erros que provocaram o acidente com o Columbia, é impossível eliminar totalmente os riscos: busca-se reduzi-los a um nível aceitável, ou seja, de menos de 2%", destacou.
As novas ambições espaciais dos Estados Unidos, anunciadas em janeiro de 2004 pelo presidente George W. Bush, são o retorno dos americanos à Lua antes de 2020 e o envio de uma missão tripulada a Marte.
A Estação Espacial Internacional (ISS) e o ônibus espacial são dois elementos-chave no desenvolvimento de vários conceitos e técnicas dos quais dependerão futuros vôos a Lua e Marte, explicou a Nasa.
"Graças à ISS, encontramos as respostas para perguntas fundamentais sobre como manter as pessoas vivas e com saúde no espaço por períodos cada vez mais longos, e também sobre como construir melhores naves para estas missões", lembrou o astronauta Leroy Chiao, ex-comandante da estação espacial.
A Nasa prevê retirar de sua frota os três ônibus espaciais que restam --Discovery, Atlantis e Endeavour-- em 2010, uma vez que suas contribuições à ISS tenham terminado e que sua substituição pelo CEV (Crew Exploration Vehicule) esteja pronta. Esta nova nave, que ainda não foi criada, deverá ser capaz de transportar seis astronautas à Lua e, mais tarde, a Marte, e também se acoplar à ISS para as missões na órbita da Terra.
A realização deste projeto depende, no entanto, do sucesso da retomada dos vôos do ônibus espacial. "O lançamento é um passo absolutamente essencial para impulsionar o programa espacial", afirmou John Logston, diretor do Instituto de Política Espacial da Universidade George Washington.
A tragédia com o Columbia foi provocada por um pedaço de espuma isolante do tanque de combustível externo que se soltou segundos após a decolagem, atingindo a asa esquerda. O dano provocado fez com que a nave se desintegrasse no retorno à Terra.
Segundo os investigadores, a burocracia da Nasa foi parcialmente responsável pelo acidente, já que uma maior coordenação teria permitido prever este risco.
"É evidente que a Nasa perdeu seu brilho", comentou George Nelson, ex-astronauta e professor da Universidade Western Washington, em Bellingham. "Nos anos 60 e 70, ela era um verdadeiro símbolo dos Estados Unidos em termos de façanhas técnicas", lembrou.
"Nosso ônibus espacial está parado. E desde que deixamos de voar, dois países (Rússia e China) levaram homens ao espaço", disse Michael Griffin no Congresso. "Nós, Nasa e Estados Unidos, temos que trabalhar duro para obtermos novamente nossa soberania no espaço", exigiu.
Leia mais
Tripulação da Discovery chega a Cabo Canaveral
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Discovery
Após tragédia, EUA retomam vôo de ônibus espacial nesta 4ª
Publicidade
Dois anos e meio depois do acidente com o Columbia, a retomada dos vôos de ônibus espaciais, neste caso o Discovery, prevista para o próximo dia 13 (quarta-feira), é aguardada com certa apreensão nos Estados Unidos. No entanto, o sucesso da missão é considerado fundamental para que os objetivos espaciais americanos sejam alcançados.
"Retomar os vôos do ônibus espacial sem riscos é o primeiro passo em nosso projeto de exploração espacial", disse o diretor da Nasa, Michael Griffin, em audiência no Congresso no fim de junho.
"Mas apesar dos esforços da Nasa para corrigir os erros que provocaram o acidente com o Columbia, é impossível eliminar totalmente os riscos: busca-se reduzi-los a um nível aceitável, ou seja, de menos de 2%", destacou.
As novas ambições espaciais dos Estados Unidos, anunciadas em janeiro de 2004 pelo presidente George W. Bush, são o retorno dos americanos à Lua antes de 2020 e o envio de uma missão tripulada a Marte.
A Estação Espacial Internacional (ISS) e o ônibus espacial são dois elementos-chave no desenvolvimento de vários conceitos e técnicas dos quais dependerão futuros vôos a Lua e Marte, explicou a Nasa.
"Graças à ISS, encontramos as respostas para perguntas fundamentais sobre como manter as pessoas vivas e com saúde no espaço por períodos cada vez mais longos, e também sobre como construir melhores naves para estas missões", lembrou o astronauta Leroy Chiao, ex-comandante da estação espacial.
A Nasa prevê retirar de sua frota os três ônibus espaciais que restam --Discovery, Atlantis e Endeavour-- em 2010, uma vez que suas contribuições à ISS tenham terminado e que sua substituição pelo CEV (Crew Exploration Vehicule) esteja pronta. Esta nova nave, que ainda não foi criada, deverá ser capaz de transportar seis astronautas à Lua e, mais tarde, a Marte, e também se acoplar à ISS para as missões na órbita da Terra.
A realização deste projeto depende, no entanto, do sucesso da retomada dos vôos do ônibus espacial. "O lançamento é um passo absolutamente essencial para impulsionar o programa espacial", afirmou John Logston, diretor do Instituto de Política Espacial da Universidade George Washington.
A tragédia com o Columbia foi provocada por um pedaço de espuma isolante do tanque de combustível externo que se soltou segundos após a decolagem, atingindo a asa esquerda. O dano provocado fez com que a nave se desintegrasse no retorno à Terra.
Segundo os investigadores, a burocracia da Nasa foi parcialmente responsável pelo acidente, já que uma maior coordenação teria permitido prever este risco.
"É evidente que a Nasa perdeu seu brilho", comentou George Nelson, ex-astronauta e professor da Universidade Western Washington, em Bellingham. "Nos anos 60 e 70, ela era um verdadeiro símbolo dos Estados Unidos em termos de façanhas técnicas", lembrou.
"Nosso ônibus espacial está parado. E desde que deixamos de voar, dois países (Rússia e China) levaram homens ao espaço", disse Michael Griffin no Congresso. "Nós, Nasa e Estados Unidos, temos que trabalhar duro para obtermos novamente nossa soberania no espaço", exigiu.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
- Sons irritantes de mastigação fazem parte do cérebro entrar em parafuso
- Continente perdido há milhões de anos é achado debaixo do Oceano Índico
- Por que é tão difícil definir o que é vida e o que são seres 'vivos'
- Conheça as histórias de mulheres de sucesso na Nasa
+ Comentadas
- Criatura em forma de saco e sem ânus poderia ser antepassado do homem
- Atritos entre governo estadual e Fapesp são antigos, dizem cientistas
+ EnviadasÍndice