Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/10/2005 - 10h03

Tartaruga que teria sido analisada por Darwin completa 175 anos

Publicidade

da Efe

Uma tartaruga gigante de Galápagos está prestes a completar 175 anos. O animal, dizem especialistas, teria sido um dos exemplares analisados pelo cientista britânico Charles Darwin, em 1835, durante sua expedição ao arquipélago.

Se sua idade for confirmada, Harriet, como a fêmea é chamada, tinha cinco anos quando Darwin chegou a Galápagos e seria o animal mais antigo da Terra. A informação foi divulgada na edição desta terça-feira do jornal britânico "The Times".

Uma teoria diz que a tartaruga é um dos quatro quelônios gigantes que Darwin analisou em sua famosa expedição a Galápagos e que transportou em sua embarcação expedicionária, o Beagle, até o porto inglês de Falmouth, onde chegou em outubro de 1836.

Dois animais morreram seis meses depois e os sobreviventes foram levados para a Austrália, devido ao clima do país, mais propício que o inglês.

Segundo os australianos que cuidaram do animal a partir de 1841, Harriet é um dos dois animais sobreviventes. Neste ano, John Wickman, um dos companheiros de viagem de Darwin, teria levado a tartaruga ao continente.
Essa versão encontra respaldo na presença de outra tartaruga gigante no museu de Queensland, em Brisbane (Austrália), que morreu em 1929.

No entanto, um paleólogo britânico que fez a reconstrução da viagem da tartaruga do Pacífico até a Austrália acha que o autor de "A Origem das Espécies" não chegou a analisar Harriet.

A análise de seu DNA, feita por pesquisadores americanos, indica que o animal procede com quase total certeza da ilha de Santa Cruz, em Galápagos. As tartarugas que Charles Darwin carregou no Beagle procediam das ilhas Santa María, Espanhola e San Salvador.

Além disso, o especialista britânico Paul Chambers demonstrou que Wickham, o companheiro de viagem de Darwin, já estava na Austrália quando supostamente viajou com as tartarugas em sua bagagem a partir da Inglaterra.

"Ainda é incerto se Harriet fez parte da coleção de Darwin", afirma Colin McCarthy, do Museu de História Natural de Londres.

De qualquer forma, os cientistas não têm dúvida da idade da tartaruga: segundo os pesquisadores americanos que analisaram as variações do DNA da população de tartarugas de Santa Cruz, o animal tem mais de 170 anos.

Aqueles que cuidam de Harriet dizem que seus alimentos preferidos são berinjela, leguminosas e salsa. Aparentemente somente 12 tartarugas de sua subespécie ainda estão vivas. Harriet, segundo o jornal britânico, ainda ovula, mas não cruzou nos últimos cem anos.

Leia mais
  • Animais selvagens dominam arquipélago de Galápagos

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Charles Darwin
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página