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21/11/2005
-
09h20
SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo
Fracassou a primeira tentativa da sonda japonesa Hayabusa de pousar e coletar amostras na superfície do asteróide Itokawa. A espaçonave passou várias horas sem comunicação, e agora os engenheiros investigam o que aconteceu durante o procedimento, que é realizado automaticamente.
O procedimento aconteceu no início da noite de sábado (manhã de domingo, no Japão). A sonda iniciou sua descida normalmente e, quando atingiu 40 metros de altitude, disparou um sinalizador para a superfície. Ele serviria como ponto de referência para que a Hayabusa automaticamente soubesse para onde se guiar durante o procedimento de pouso.
A descida prosseguiu normalmente até a sonda atingir uma altitude de apenas 17 metros. Então a Hayabusa teve de mudar de posição para se alinhar com a superfície do Itokawa. Com isso, sua antena parou de apontar para a Terra e o contato foi perdido, restando apenas um fraco sinal indicativo de sua posição. (Isso já era previsto pelos engenheiros.)
Então, misteriosamente, a sonda estacionou a cerca de 10 metros de altitude, interrompendo a descida. E lá ficou. As coisas começaram a esquentar --a superfície do Itokawa, iluminada pelo Sol, chega a atingir temperaturas de 100C, e a Hayabusa não foi projetada para passar tanto tempo perto do chão. Os controladores da missão decidiram então abortar a tentativa e enviar um comando para que a espaçonave voltasse a subir. Por alguma razão desconhecida, ela não obedeceu.
Mas então, por sorte, os painéis solares da sonda começaram a esquentar demais, em razão de um posicionamento anômalo com relação ao Sol. O fenômeno disparou um sistema de emergência da Hayabusa, que fez com que ela subisse em disparada. Quando o contato com a Terra foi restaurado, ela já estava a uns cem quilômetros de distância do asteróide.
Apesar do fracasso na tentativa --a primeira de coletar amostras de um asteróide na história da exploração espacial--, a recuperação do controle da espaçonave é uma boa notícia. Os japoneses pretendem usar o sinalizador já colocado na superfície para realizar uma nova descida, por volta da próxima sexta-feira. Além disso, devem descarregar os registros da Hayabusa e descobrir exatamente o que deu errado.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Hayabusa
Nave japonesa fracassa ao tentar aterrissar em asteróide
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da Folha de S.Paulo
Fracassou a primeira tentativa da sonda japonesa Hayabusa de pousar e coletar amostras na superfície do asteróide Itokawa. A espaçonave passou várias horas sem comunicação, e agora os engenheiros investigam o que aconteceu durante o procedimento, que é realizado automaticamente.
AP Photo |
Concepção artística mostra sonda Hayabusa em órbita |
A descida prosseguiu normalmente até a sonda atingir uma altitude de apenas 17 metros. Então a Hayabusa teve de mudar de posição para se alinhar com a superfície do Itokawa. Com isso, sua antena parou de apontar para a Terra e o contato foi perdido, restando apenas um fraco sinal indicativo de sua posição. (Isso já era previsto pelos engenheiros.)
Então, misteriosamente, a sonda estacionou a cerca de 10 metros de altitude, interrompendo a descida. E lá ficou. As coisas começaram a esquentar --a superfície do Itokawa, iluminada pelo Sol, chega a atingir temperaturas de 100C, e a Hayabusa não foi projetada para passar tanto tempo perto do chão. Os controladores da missão decidiram então abortar a tentativa e enviar um comando para que a espaçonave voltasse a subir. Por alguma razão desconhecida, ela não obedeceu.
Mas então, por sorte, os painéis solares da sonda começaram a esquentar demais, em razão de um posicionamento anômalo com relação ao Sol. O fenômeno disparou um sistema de emergência da Hayabusa, que fez com que ela subisse em disparada. Quando o contato com a Terra foi restaurado, ela já estava a uns cem quilômetros de distância do asteróide.
Apesar do fracasso na tentativa --a primeira de coletar amostras de um asteróide na história da exploração espacial--, a recuperação do controle da espaçonave é uma boa notícia. Os japoneses pretendem usar o sinalizador já colocado na superfície para realizar uma nova descida, por volta da próxima sexta-feira. Além disso, devem descarregar os registros da Hayabusa e descobrir exatamente o que deu errado.
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