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23/11/2005
-
15h09
ALBERTO MASEGOSA
da Efe, em Nova York
A Nasa, agência espacial americana, estuda o envio de uma missão para colocar um radiotransmissor em um asteróide. O objetivo é rastrear a órbita do corpo celeste que tem remotas possibilidades de atingir a Terra em 2036.
Os especialistas estimam que a probabilidade de um impacto do asteróide chamado Apophis, de 300 metros de diâmetro, é de apenas uma entre 5.500. Mas, caso ocorra, pode provocar uma catástrofe maior que o tsunami do sudeste asiático em dezembro de 2004.
Segundo o jornal "The New York Times", a Nasa tomará uma decisão em 2013, quando será possível fazer observações mais precisas sobre o percurso do Apophis, descoberto no ano passado.
Caso as observações confirmem a possibilidade do impacto, a missão poderia estar pronta em uma década, com tempo suficiente para tentar desviar o asteróide, caso isso se mostre necessário.
No pior dos cenários, o Apophis atingiria a Terra em 2036. Sete anos antes, no entanto, traçaria uma órbita que o faria se aproximar muito do planeta, ficando a apenas 32 mil quilômetros.
Esse é o ponto de máxima aproximação com a Terra de um objeto de sua magnitude. "O mais provável é que não represente uma ameaça, mas ainda assim precisamos tomar algumas medidas", disse o ex-astronauta Rusty Schweikart, ex-membro da missão Apolo e atual presidente da Fundação B612. Especializada no rastreamento de asteróides, essa organização pressiona a Nasa para organizar a missão.
Caso se confirme a necessidade de desviar o Apophis, os astronautas Edward T.Lu e Stanley G.Love advertiram que o procedimento deve ser realizado antes de 2029. Após essa data, dizem eles, a operação seria tecnicamente impossível.
No último número da revista "Nature", T.Lu e G.Love propõem a alteração da órbita do Apophis por meio do "reboque" do corpo, uma técnica nunca antes utilizada.
A proposta se baseia no envio de uma nave que se aproximaria o suficiente do asteróide para atraí-lo como um "trator gravitacional", com base em energia nuclear.
A Agência Espacial Européia (ESA) também possui seu próprio plano para modificar a trajetória do enorme corpo celeste.
A ESA escolheu o Apophis, junto com outro asteróide, conhecido como 1989 NL, para uma missão de desvio de trajetórias orbitais que foi batizada com o nome de Dom Quixote.
A Agência Espacial Européia decidirá em 2007 qual dos dois corpos celestes receberá a visita das naves Sancho e Hidalgo, com os quais a ESA testará seu programa de desvio de "asteróides que gravitam próximos à Terra".
O plano prevê que a nave Hidalgo, que homenageará o cavaleiro errante criado pelo escritor espanhol Miguel de Cervantes há 400 anos, colida com o asteróide, com o objetivo de alterar sua órbita.
A nave denominada Sancho, que presta homenagem ao fiel escudeiro do herói, observará a colisão, e documentará a mudança de trajetória do corpo celeste.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre asteróides
Nasa planeja rastrear órbita de asteróide
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da Efe, em Nova York
A Nasa, agência espacial americana, estuda o envio de uma missão para colocar um radiotransmissor em um asteróide. O objetivo é rastrear a órbita do corpo celeste que tem remotas possibilidades de atingir a Terra em 2036.
Os especialistas estimam que a probabilidade de um impacto do asteróide chamado Apophis, de 300 metros de diâmetro, é de apenas uma entre 5.500. Mas, caso ocorra, pode provocar uma catástrofe maior que o tsunami do sudeste asiático em dezembro de 2004.
Segundo o jornal "The New York Times", a Nasa tomará uma decisão em 2013, quando será possível fazer observações mais precisas sobre o percurso do Apophis, descoberto no ano passado.
Caso as observações confirmem a possibilidade do impacto, a missão poderia estar pronta em uma década, com tempo suficiente para tentar desviar o asteróide, caso isso se mostre necessário.
No pior dos cenários, o Apophis atingiria a Terra em 2036. Sete anos antes, no entanto, traçaria uma órbita que o faria se aproximar muito do planeta, ficando a apenas 32 mil quilômetros.
Esse é o ponto de máxima aproximação com a Terra de um objeto de sua magnitude. "O mais provável é que não represente uma ameaça, mas ainda assim precisamos tomar algumas medidas", disse o ex-astronauta Rusty Schweikart, ex-membro da missão Apolo e atual presidente da Fundação B612. Especializada no rastreamento de asteróides, essa organização pressiona a Nasa para organizar a missão.
Caso se confirme a necessidade de desviar o Apophis, os astronautas Edward T.Lu e Stanley G.Love advertiram que o procedimento deve ser realizado antes de 2029. Após essa data, dizem eles, a operação seria tecnicamente impossível.
No último número da revista "Nature", T.Lu e G.Love propõem a alteração da órbita do Apophis por meio do "reboque" do corpo, uma técnica nunca antes utilizada.
A proposta se baseia no envio de uma nave que se aproximaria o suficiente do asteróide para atraí-lo como um "trator gravitacional", com base em energia nuclear.
A Agência Espacial Européia (ESA) também possui seu próprio plano para modificar a trajetória do enorme corpo celeste.
A ESA escolheu o Apophis, junto com outro asteróide, conhecido como 1989 NL, para uma missão de desvio de trajetórias orbitais que foi batizada com o nome de Dom Quixote.
A Agência Espacial Européia decidirá em 2007 qual dos dois corpos celestes receberá a visita das naves Sancho e Hidalgo, com os quais a ESA testará seu programa de desvio de "asteróides que gravitam próximos à Terra".
O plano prevê que a nave Hidalgo, que homenageará o cavaleiro errante criado pelo escritor espanhol Miguel de Cervantes há 400 anos, colida com o asteróide, com o objetivo de alterar sua órbita.
A nave denominada Sancho, que presta homenagem ao fiel escudeiro do herói, observará a colisão, e documentará a mudança de trajetória do corpo celeste.
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