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11/12/2005 - 22h01

WWF alerta para poluição ambiental no Oceano Ártico

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da Efe, em Genebra

Os altos níveis de substâncias tóxicas detectadas nas orcas norueguesas revelam a deterioração ambiental do Oceano Ártico, alertou hoje o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).

"O Ártico se transformou em um escoadouro tóxico e as substâncias químicas utilizadas em produtos do dia-a-dia estão contaminando sua fauna e sua flora", afirmou a responsável de Tóxicos do Programa Ártico do WWF, Brettania Walker.

"É alarmante a quantidade de poluentes encontrados nesses cetáceos, que podem ser considerados indicadores da saúde de nosso ecossistema marinho", disse o especialista do Instituto Polar Norueguês Hans Wolkers.

A instituição realizou o estudo a partir de mostras de gordura de orcas em Tysfjord, fiorde da região ártica da Noruega, onde as baleias se concentram no inverno para se alimentar.

O Fundo acrescentou que a abundância de poluentes químicos, como bifenilos policlorados (PCB), pesticidas e retardantes de chama bromados, têm a "triste honra" de tornar esses animais os mais contaminados do Ártico, à frente dos ursos polares, que ocupavam esta posição em relatórios anteriores.

"A aparição dos retardantes é particularmente preocupante, porque podem afetar as funções neurológicas, reprodutivas e comportamentais dos animais, e os tipos mais perigosos (destes poluentes) não estão proibidos na atualidade", afirmou a organização ecologista.

Os PCB, por sua vez, estão entre os mais tóxicos produtos químicos, sendo utilizados principalmente em equipamentos elétricos e plásticos.

A ministra norueguesa do Meio Ambiente, Helen Bjornoy, afirmou que o uso desse tipo de substância "é uma das maiores ameaças ambientais em escala global".

Por isso, pediu à União Européia (UE) que fortaleça a legislação de substâncias químicas na Europa. "É imperativo que a normativa Reach sirva para que se deixe de usar os elementos mais poluentes", disse Bjornoy, segundo um comunicado de imprensa divulgado pelo WWF.

O Reach tem como objeto submeter todos os produtos químicos atualmente produzidos ou importados pela Europa a um sistema de registro, avaliação e autorização. A medida será submetida a votação pelo Conselho Europeu de Ministros no dia 13 de dezembro.
 

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