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29/12/2005
-
16h13
da Efe, em Seul
A Universidade Nacional de Seul deu nesta quinta-feira o golpe definitivo contra a reputação do pioneiro da clonagem genética sul-coreana, Hwang Woo-suk, ao acusá-lo de falsificar suas experiências com células-tronco de embriões humanos.
Um comitê investigador desse centro oficial anunciou que "não encontrou nenhuma evidência" sobre a autenticidade das conquistas de Hwang Woo-suk sobre as células-tronco de embriões humanos clonados, como apresentou neste ano a revista "Science".
Estes supostos sucessos no campo da clonagem tiveram uma grande repercussão na comunidade científica internacional, pois abririam o caminho para o tratamento de doenças consideradas incuráveis atualmente, como o diabetes e o Mal de Parkinson.
A porta-voz do comitê universitário que investiga o caso, a decana universitária Roh Jong-hye, confirmou nesta quinta-feira que não existe nenhuma célula-tronco de embriões clonados de pacientes.
"Não foi encontrada nenhuma célula criada que coincida com o DNA da célula do paciente e também não existem evidências de que foram criadas essas células clonadas", afirmou a porta-voz em reunião com jornalistas.
A revista "Science" publicou em maio de 2005 que a equipe de Hwang obteve 11 células-tronco de embriões humanos clonados de diversos pacientes, experimento que utilizou 185 óvulos.
As células-tronco podem se desenvolver se transformando em células do sangue, do fígado, dos músculos e outros sistemas vitais, daí o potencial para regenerar órgãos que este tipo de pesquisa oferece.
Segundo o responsável da Universidade de Seul, as conclusões do comitê universitário de investigação (que aprofundam ainda mais a reputação do professor) foram obtidas depois da busca em três laboratórios diferentes do DNA de oito células criadas pela equipe de Hwang.
A decana acrescentou que estas oito células eram as mesmas criadas através da fecundação pelo hospital Mizmedi em Seul.
Estas conclusões sobre a falsidade das descobertas do cientista considerado até pouco tempo atrás um herói nacional na Coréia do Sul serão publicadas em meados de janeiro.
No entanto, e perante o crescente interesse público, o comitê universitário decidiu divulgar hoje uma primeira avaliação de sua investigação antes de anunciar o resultado definitivo em janeiro.
O comitê examina agora a autenticidade de outro estudo publicado em 2004 nessa mesma revista americana, segundo o qual Hwang conseguiu pela primeira vez na história clonar embriões humanos e extrair células-tronco.
Além disso, será determinada a veracidade da clonagem do primeiro cachorro, chamado Snuppy por seus supostos "criadores". O resultado deste relatório definitivo determinará se a equipe de Hwang possui tecnologia "original" para obter células-tronco a partir de embriões humanos clonados do paciente.
O polêmico cientista pediu desculpas na sexta-feira passada e anunciou sua renúncia depois que o comitê universitário confirmou que Hwang manipulou os dados da clonagem de embriões humanos para apresentá-los em 2005 na Science.
No entanto, naquele dia o professor insistiu em que sua equipe possui tecnologia original, produto de suas pesquisas ao longo dos últimos anos, e assegurou que poderia demonstrar isso.
Comitê acusa sul-coreano de falsificar experiências
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A Universidade Nacional de Seul deu nesta quinta-feira o golpe definitivo contra a reputação do pioneiro da clonagem genética sul-coreana, Hwang Woo-suk, ao acusá-lo de falsificar suas experiências com células-tronco de embriões humanos.
Um comitê investigador desse centro oficial anunciou que "não encontrou nenhuma evidência" sobre a autenticidade das conquistas de Hwang Woo-suk sobre as células-tronco de embriões humanos clonados, como apresentou neste ano a revista "Science".
Estes supostos sucessos no campo da clonagem tiveram uma grande repercussão na comunidade científica internacional, pois abririam o caminho para o tratamento de doenças consideradas incuráveis atualmente, como o diabetes e o Mal de Parkinson.
A porta-voz do comitê universitário que investiga o caso, a decana universitária Roh Jong-hye, confirmou nesta quinta-feira que não existe nenhuma célula-tronco de embriões clonados de pacientes.
"Não foi encontrada nenhuma célula criada que coincida com o DNA da célula do paciente e também não existem evidências de que foram criadas essas células clonadas", afirmou a porta-voz em reunião com jornalistas.
A revista "Science" publicou em maio de 2005 que a equipe de Hwang obteve 11 células-tronco de embriões humanos clonados de diversos pacientes, experimento que utilizou 185 óvulos.
As células-tronco podem se desenvolver se transformando em células do sangue, do fígado, dos músculos e outros sistemas vitais, daí o potencial para regenerar órgãos que este tipo de pesquisa oferece.
Segundo o responsável da Universidade de Seul, as conclusões do comitê universitário de investigação (que aprofundam ainda mais a reputação do professor) foram obtidas depois da busca em três laboratórios diferentes do DNA de oito células criadas pela equipe de Hwang.
A decana acrescentou que estas oito células eram as mesmas criadas através da fecundação pelo hospital Mizmedi em Seul.
Estas conclusões sobre a falsidade das descobertas do cientista considerado até pouco tempo atrás um herói nacional na Coréia do Sul serão publicadas em meados de janeiro.
No entanto, e perante o crescente interesse público, o comitê universitário decidiu divulgar hoje uma primeira avaliação de sua investigação antes de anunciar o resultado definitivo em janeiro.
O comitê examina agora a autenticidade de outro estudo publicado em 2004 nessa mesma revista americana, segundo o qual Hwang conseguiu pela primeira vez na história clonar embriões humanos e extrair células-tronco.
Além disso, será determinada a veracidade da clonagem do primeiro cachorro, chamado Snuppy por seus supostos "criadores". O resultado deste relatório definitivo determinará se a equipe de Hwang possui tecnologia "original" para obter células-tronco a partir de embriões humanos clonados do paciente.
O polêmico cientista pediu desculpas na sexta-feira passada e anunciou sua renúncia depois que o comitê universitário confirmou que Hwang manipulou os dados da clonagem de embriões humanos para apresentá-los em 2005 na Science.
No entanto, naquele dia o professor insistiu em que sua equipe possui tecnologia original, produto de suas pesquisas ao longo dos últimos anos, e assegurou que poderia demonstrar isso.
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