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26/01/2006
-
09h48
REINALDO JOSÉ LOPES
da Folha de S.Paulo
Uma mina de ouro que funciona desde o século 18 perto de Cavalcante, em Goiás, acaba de revelar outra preciosidade inesperada: um novo mineral, batizado de kalungaíta por pesquisadores da UnB (Universidade de Brasília).
De brilho cinza-chumbo e composta por paládio, arsênio e selênio, a kalungaíta aparece na forma de pequenos grãos com 0,2 mm de diâmetro associados a uma massa de outros minerais, explica Nilson Francisquini Botelho, geólogo da UnB que coordena o estudo. A posição de novo mineral entre os cerca de 4.000 já conhecidos foi homologada pela IMA (Associação Internacional de Mineralogia, na sigla inglesa), porque tanto a composição química quanto a estrutura cristalina (microscópica) do material foram consideradas inéditas.
"Estávamos fazendo um trabalho geral de mapeamento geológico por lá. Mas alguns dados anteriores da mina já indicavam a presença de coisas que não estavam bem identificadas", conta Botelho. A descoberta pode ser importante para a viabilidade econômica da mina no futuro, porque o mineral é relativamente abundante e a presença do paládio sugere usos na indústria de catalisadores para carros e na fabricação de circuitos eletrônicos.
O nome do mineral "é uma singela homenagem ao povo kalunga", descendentes de escravos africanos que, ironicamente, fugiram da antiga mina, diz o geólogo. Ele já batizou outro mineral, a yanomamita, como homenagem aos ianomâmis --o mineral é rico no elemento químico índio.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Universidade de Brasília
Cientistas de Brasília descobrem novo mineral em GO
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da Folha de S.Paulo
Uma mina de ouro que funciona desde o século 18 perto de Cavalcante, em Goiás, acaba de revelar outra preciosidade inesperada: um novo mineral, batizado de kalungaíta por pesquisadores da UnB (Universidade de Brasília).
Divulgação/UnB Agência |
O "novo" mineral ganhou o nome de kalungaíta |
"Estávamos fazendo um trabalho geral de mapeamento geológico por lá. Mas alguns dados anteriores da mina já indicavam a presença de coisas que não estavam bem identificadas", conta Botelho. A descoberta pode ser importante para a viabilidade econômica da mina no futuro, porque o mineral é relativamente abundante e a presença do paládio sugere usos na indústria de catalisadores para carros e na fabricação de circuitos eletrônicos.
O nome do mineral "é uma singela homenagem ao povo kalunga", descendentes de escravos africanos que, ironicamente, fugiram da antiga mina, diz o geólogo. Ele já batizou outro mineral, a yanomamita, como homenagem aos ianomâmis --o mineral é rico no elemento químico índio.
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