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07/02/2006
-
09h37
da Folha de S.Paulo
Um camarão de 5 centímetros que habita as águas geladas da Antártida pode ter um papel insuspeito na manutenção do clima do planeta, ao "seqüestrar" no fundo do oceano vastas quantidades de carbono que, de outra forma, seria liberado para a atmosfera, agravando o efeito estufa.
Uma dupla de pesquisadores britânicos propõe que as populações do animal, o krill (Euphasia superba), sejam responsáveis por retirar do oceano 20 milhões de toneladas de carbono por ano. Isso equivale às emissões anuais somadas de 35 milhões de automóveis, ou a um quarto das emissões do sistema energético brasileiro.
O mecanismo pelo qual o krill realiza esse feito é, digamos, prosaico. Geraint Tarling e Magnus Johnson, do Serviço Antártico Britânico, descobriu que o crustáceo se alimenta perto da superfície oceânica e em seguida se deixa afundar, depositando a matéria orgânica produzida por sua digestão a grandes profundidades.
Essa migração, que acontece até três vezes por dia, tem entre suas vantagens evitar que o krill seja devorado por predadores --o camarãozinho é o prato principal da cadeia alimentar do oceano Austral, servindo de repasto a baleias e pingüins (a palavra "krill" vem do norueguês e significa "alimento de baleias").
Em estudo publicado na edição de hoje da revista "Current Biology", Tarling e Johnson descrevem pela primeira vez o método usado pelos crustáceos para afundar após as refeições. Com o auxílio de uma câmera, eles monitoraram os movimentos de uma centena de animais. Descobriram que camarões saciados tendem a "cair" como se estivessem pulando de pára-quedas, a até 43 metros abaixo da profundidade na qual se alimentam. Como a água do fundo não se mistura com a da superfície, o carbono das fezes fica efetivamente estocado.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre krill
Krill é sumidouro de carbono, diz cientista
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Um camarão de 5 centímetros que habita as águas geladas da Antártida pode ter um papel insuspeito na manutenção do clima do planeta, ao "seqüestrar" no fundo do oceano vastas quantidades de carbono que, de outra forma, seria liberado para a atmosfera, agravando o efeito estufa.
Uma dupla de pesquisadores britânicos propõe que as populações do animal, o krill (Euphasia superba), sejam responsáveis por retirar do oceano 20 milhões de toneladas de carbono por ano. Isso equivale às emissões anuais somadas de 35 milhões de automóveis, ou a um quarto das emissões do sistema energético brasileiro.
O mecanismo pelo qual o krill realiza esse feito é, digamos, prosaico. Geraint Tarling e Magnus Johnson, do Serviço Antártico Britânico, descobriu que o crustáceo se alimenta perto da superfície oceânica e em seguida se deixa afundar, depositando a matéria orgânica produzida por sua digestão a grandes profundidades.
Essa migração, que acontece até três vezes por dia, tem entre suas vantagens evitar que o krill seja devorado por predadores --o camarãozinho é o prato principal da cadeia alimentar do oceano Austral, servindo de repasto a baleias e pingüins (a palavra "krill" vem do norueguês e significa "alimento de baleias").
Em estudo publicado na edição de hoje da revista "Current Biology", Tarling e Johnson descrevem pela primeira vez o método usado pelos crustáceos para afundar após as refeições. Com o auxílio de uma câmera, eles monitoraram os movimentos de uma centena de animais. Descobriram que camarões saciados tendem a "cair" como se estivessem pulando de pára-quedas, a até 43 metros abaixo da profundidade na qual se alimentam. Como a água do fundo não se mistura com a da superfície, o carbono das fezes fica efetivamente estocado.
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