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11/02/2006
-
13h03
SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S. Paulo
O astronauta brasileiro em treino, Marcos Cesar Pontes, rebateu afirmações vindas do cenário político de que ele esteja sendo submetido a risco de morte por conta do tempo exíguo de treinamento para sua viagem espacial.
A polêmica se instaurou por conta da reportagem publicada anteontem na Folha, revelando que a data do vôo havia sido antecipada de outubro para março durante as negociações, a pedido do governo brasileiro, em razão da eleição presidencial.
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) afirmou anteontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria cometendo um "homicídio espacial" ao colocar a vida de Pontes em risco. O astronauta, no entanto, nega que esse perigo exista.
"Eu estou pronto para voar", disse ele à Folha, por e-mail, da Cidade das Estrelas, Rússia, onde passa por fase final de preparação para a decolagem, marcada para 30 de março.
"Não tenho nenhuma restrição ou falta de competência para o vôo devido ao tempo curto do treinamento, muito menos apreensão com isso."
O astronauta limita seu incômodo ao tempo exíguo para praticar a manipulação dos experimentos brasileiros a serem enviados ao espaço.
"Essa é a única apreensão", diz ele, logo se corrigindo, "ou melhor, expectativa".
Para argumentar em favor de sua preparação, Pontes enfatiza que seu treinamento para a missão, do ponto de vista técnico e de segurança, vem de muito antes, desde que começou a trabalhar na Nasa para se tornar astronauta, em 1998.
"Sete anos de bagagem me garantiram essa condição. Não existe nenhum problema na minha preparação para executar o vôo. Tenho certeza de que poderei contribuir, e muito, com meus companheiros de tripulação, Pavel Vinogradov e Jeff Williams, em todas as operações das espaçonaves", diz.
"Durante a entrevista coletiva realizada aqui, tive a grata satisfação de ouvir desses colegas exatamente essa afirmação quanto à minha preparação."
Pontes irá à ISS (Estação Espacial Internacional) em uma nave russa Soyuz. O custo para a realização da missão foi de cerca de US$ 10 milhões. O vôo aproveitará a data para comemorar o centenário dos primeiros vôos de Alberto Santos-Dumont num avião.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o astronauta brasileiro
Astronauta brasileiro nega risco por treinamento curto
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da Folha de S. Paulo
O astronauta brasileiro em treino, Marcos Cesar Pontes, rebateu afirmações vindas do cenário político de que ele esteja sendo submetido a risco de morte por conta do tempo exíguo de treinamento para sua viagem espacial.
A polêmica se instaurou por conta da reportagem publicada anteontem na Folha, revelando que a data do vôo havia sido antecipada de outubro para março durante as negociações, a pedido do governo brasileiro, em razão da eleição presidencial.
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) afirmou anteontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria cometendo um "homicídio espacial" ao colocar a vida de Pontes em risco. O astronauta, no entanto, nega que esse perigo exista.
"Eu estou pronto para voar", disse ele à Folha, por e-mail, da Cidade das Estrelas, Rússia, onde passa por fase final de preparação para a decolagem, marcada para 30 de março.
"Não tenho nenhuma restrição ou falta de competência para o vôo devido ao tempo curto do treinamento, muito menos apreensão com isso."
O astronauta limita seu incômodo ao tempo exíguo para praticar a manipulação dos experimentos brasileiros a serem enviados ao espaço.
"Essa é a única apreensão", diz ele, logo se corrigindo, "ou melhor, expectativa".
Para argumentar em favor de sua preparação, Pontes enfatiza que seu treinamento para a missão, do ponto de vista técnico e de segurança, vem de muito antes, desde que começou a trabalhar na Nasa para se tornar astronauta, em 1998.
"Sete anos de bagagem me garantiram essa condição. Não existe nenhum problema na minha preparação para executar o vôo. Tenho certeza de que poderei contribuir, e muito, com meus companheiros de tripulação, Pavel Vinogradov e Jeff Williams, em todas as operações das espaçonaves", diz.
"Durante a entrevista coletiva realizada aqui, tive a grata satisfação de ouvir desses colegas exatamente essa afirmação quanto à minha preparação."
Pontes irá à ISS (Estação Espacial Internacional) em uma nave russa Soyuz. O custo para a realização da missão foi de cerca de US$ 10 milhões. O vôo aproveitará a data para comemorar o centenário dos primeiros vôos de Alberto Santos-Dumont num avião.
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