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17/02/2006
-
09h41
REINALDO JOSÉ LOPES
Enviado especial da Folha de S.Paulo a St. Louis
Todo astro tem seus detratores e seus paladinos. O dinossauro mais famoso e temido de todos os tempos parece ter achado um defensor em Lawrence Witmer, da Universidade de Ohio, que tomografou o Tyrannosaurus rex e declara: ele era um predador extremamente ágil e versátil, apesar dos 12 metros de comprimento.
Witmer, que é especialista em sondar os órgãos internos de fósseis com tomografias, falou do achado durante o encontro da AAAS, em Saint Louis. O veredicto se baseia na análise de uma reconstrução do cérebro da criatura, sobretudo nas áreas que controlavam o equilíbrio do bicho.
O órgão em si, claro, não se fossilizou, mas a imagem permitiu que o pesquisador enxergasse o crânio do T. rex por dentro e, a partir daí, estimasse a forma e tamanho das estruturas cerebrais. E o que mais chamou a atenção foi o tamanho e a disposição do labirinto, estrutura do ouvido interno que responde pelo equilíbrio e pela coordenação motora.
"O fato é que ele tem o labirinto e o cérebro de um animal muito menor e bem mais ágil", diz Witmer. "Vemos um sentido do equilíbrio extremamente aguçado, feito para fazer movimentos rápidos de virada com o corpo, por exemplo." A mesma análise no gigante comedor de plantas Diplodocus, por outro lado, mostrou o esperado --um bicho lerdo e pesadão.
A hipótese de Witmer é que o T. rex fosse um predador eminentemente visual, que controlava os movimentos de cabeça e dos olhos para capturar suas presas. Coisa que arrancou protestos de seu colega John Horner, do Museu das Rochosas, em Montana.
"A evidência que você apresentou, Larry, não casa muito bem com a aparente inflexibilidade da coluna dos tiranossauros", afirma ele, cujos trabalhos já sugeriam que os T. rex não eram capazes de correr. "Eles certamente não sabiam dançar."
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Tyrannosaurus rex tinha um bom equilíbrio, diz pesquisa
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Enviado especial da Folha de S.Paulo a St. Louis
Todo astro tem seus detratores e seus paladinos. O dinossauro mais famoso e temido de todos os tempos parece ter achado um defensor em Lawrence Witmer, da Universidade de Ohio, que tomografou o Tyrannosaurus rex e declara: ele era um predador extremamente ágil e versátil, apesar dos 12 metros de comprimento.
Witmer, que é especialista em sondar os órgãos internos de fósseis com tomografias, falou do achado durante o encontro da AAAS, em Saint Louis. O veredicto se baseia na análise de uma reconstrução do cérebro da criatura, sobretudo nas áreas que controlavam o equilíbrio do bicho.
O órgão em si, claro, não se fossilizou, mas a imagem permitiu que o pesquisador enxergasse o crânio do T. rex por dentro e, a partir daí, estimasse a forma e tamanho das estruturas cerebrais. E o que mais chamou a atenção foi o tamanho e a disposição do labirinto, estrutura do ouvido interno que responde pelo equilíbrio e pela coordenação motora.
"O fato é que ele tem o labirinto e o cérebro de um animal muito menor e bem mais ágil", diz Witmer. "Vemos um sentido do equilíbrio extremamente aguçado, feito para fazer movimentos rápidos de virada com o corpo, por exemplo." A mesma análise no gigante comedor de plantas Diplodocus, por outro lado, mostrou o esperado --um bicho lerdo e pesadão.
A hipótese de Witmer é que o T. rex fosse um predador eminentemente visual, que controlava os movimentos de cabeça e dos olhos para capturar suas presas. Coisa que arrancou protestos de seu colega John Horner, do Museu das Rochosas, em Montana.
"A evidência que você apresentou, Larry, não casa muito bem com a aparente inflexibilidade da coluna dos tiranossauros", afirma ele, cujos trabalhos já sugeriam que os T. rex não eram capazes de correr. "Eles certamente não sabiam dançar."
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