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14/04/2006
-
13h56
da France Presse, em Pequim
Um hospital chinês anunciou nesta sexta-feira que realizou um transplante de rosto em um caçador desfigurado pelo ataque de um urso, na segunda intervenção cirúrgica deste tipo desde a que a experiência pioneira foi realizada na França, em novembro de 2005.
Em um comunicado divulgado em seu site da internet, o hospital Xijing da cidade de Xian (norte), administrado pelos militares, informou ter realizado a operação, que foi preparada durante dois anos.
Li Guoxing, um caçador da minoria étnica Lisu, da província de Yunan (sudoeste), havia ficado desfigurado após ter sido atacado por um urso.
Segundo a agência oficial chinesa, o transplante afeta dois terços do rosto, o que confirma uma foto de Li tirada após a intervenção e que pode ser vista no site do hospital.
O doador era um homem em estado de morte cerebral, segundo a agência chinesa, que cita um dos médicos da equipe que executou a cirurgia, Han Yan.
Será feito em Li um tratamento pós-operatório para evitar uma rejeição, além de assistência psicológica, informou a agência.
"Sua mulher vai precisar de um pouco de tempo para se habituar ao fato de que (seu marido) tem o rosto de outro", assegurou o doutor Guo Shuzhong, diretor do Instituto de Cirurgia Plástica.
Uma enfermeira ouvida pela AFP confirmou a cirurgia e esclareceu que nenhum dos médicos que participaram dela poderia ser contactado no momento.
Em 2005, uma francesa de 38 anos, Isabelle Dinoire, desfigurada por seu cão, foi submetida a um transplante parcial no hospital de Amiens (norte da França), e se converteu no primeiro caso no mundo. Recebeu a boca, o nariz e o maxilar de outra pessoa.
"Esta cirurgia foi ainda mais complexa e meticulosa do que a realizada pelos franceses", afirma o comunicado do hospital chinês.
A intervenção foi iniciada na quinta-feira à tarde e durou 14 horas, informou o hospital em um comunicado, divulgando também que o Instituto que realizou o transplante, é a única unidade do Exército Popular de Libertação (EPL) especializada em cirurgia estética.
O hospital Xijing, ligado à universidade número 4 de medicina militar, começou a considerar a realização de transplantes de face em 2002. Dois anos depois ativou uma unidade especial que realizou com sucesso experiências com animais, especialmente em coelhos.
O hospital informou que o doutor Guo, de 43 anos, foi convidado por universidades dos Estados Unidos, especialmente as de Southern California e Virginia, entre 1995 e 1996.
No ano passado, o médico afirmou que o principal obstáculo para os transplantes de rosto não era a técnica cirúrgica, e sim a falta de doadores.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre transplante de rosto
Hospital chinês realiza segundo transplante facial do mundo
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Um hospital chinês anunciou nesta sexta-feira que realizou um transplante de rosto em um caçador desfigurado pelo ataque de um urso, na segunda intervenção cirúrgica deste tipo desde a que a experiência pioneira foi realizada na França, em novembro de 2005.
Em um comunicado divulgado em seu site da internet, o hospital Xijing da cidade de Xian (norte), administrado pelos militares, informou ter realizado a operação, que foi preparada durante dois anos.
AP Photo |
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Chinês dorme após receber transplante de face |
Segundo a agência oficial chinesa, o transplante afeta dois terços do rosto, o que confirma uma foto de Li tirada após a intervenção e que pode ser vista no site do hospital.
O doador era um homem em estado de morte cerebral, segundo a agência chinesa, que cita um dos médicos da equipe que executou a cirurgia, Han Yan.
Será feito em Li um tratamento pós-operatório para evitar uma rejeição, além de assistência psicológica, informou a agência.
"Sua mulher vai precisar de um pouco de tempo para se habituar ao fato de que (seu marido) tem o rosto de outro", assegurou o doutor Guo Shuzhong, diretor do Instituto de Cirurgia Plástica.
Uma enfermeira ouvida pela AFP confirmou a cirurgia e esclareceu que nenhum dos médicos que participaram dela poderia ser contactado no momento.
Em 2005, uma francesa de 38 anos, Isabelle Dinoire, desfigurada por seu cão, foi submetida a um transplante parcial no hospital de Amiens (norte da França), e se converteu no primeiro caso no mundo. Recebeu a boca, o nariz e o maxilar de outra pessoa.
"Esta cirurgia foi ainda mais complexa e meticulosa do que a realizada pelos franceses", afirma o comunicado do hospital chinês.
A intervenção foi iniciada na quinta-feira à tarde e durou 14 horas, informou o hospital em um comunicado, divulgando também que o Instituto que realizou o transplante, é a única unidade do Exército Popular de Libertação (EPL) especializada em cirurgia estética.
O hospital Xijing, ligado à universidade número 4 de medicina militar, começou a considerar a realização de transplantes de face em 2002. Dois anos depois ativou uma unidade especial que realizou com sucesso experiências com animais, especialmente em coelhos.
O hospital informou que o doutor Guo, de 43 anos, foi convidado por universidades dos Estados Unidos, especialmente as de Southern California e Virginia, entre 1995 e 1996.
No ano passado, o médico afirmou que o principal obstáculo para os transplantes de rosto não era a técnica cirúrgica, e sim a falta de doadores.
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