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24/04/2006 - 04h56

Células cancerosas podem desativar zonas de DNA, segundo pesquisa

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da Efe, em Sydney

Uma equipe de cientistas australianos e espanhóis demonstrou que as células cancerosas podem desativar zonas de DNA e aumentar assim sua capacidade destrutiva, anunciou nesta segunda-feira a diretora do projeto em Sydney, Susan Clark.

Clark, do Instituto Garvan de Sydney, dirigiu junto com o espanhol Miguel A. Penteado, do Hospital Duran i Reinals de Hospitalet de Llobregat (Barcelona), a tese doutoral de Jordi Frigola, que pesquisou na Austrália essa teoria publicada na revista Nature Genetics.

"Até agora se acreditava que genes individuais que evitam o crescimento dos tumores podiam ser desativados por células cancerosas, mas agora sabemos que no caso do câncer de colo do útero, todos os genes que se encontram em uma mesma zona são desativados pelas células cancerosas, e isso dá a estas células muito mais poder do que se imaginava", explicou Clark.

Este fenômeno de desativação dos genes é chamado pelos cientistas de epigenética, e um dos processos pelo qual se produz é a metilação, que afeta todos os genes que se encontram na zona, conhecidas como subúrbios, provocando que sofram uma mutação e sejam silenciados ou emudecidos.

O que os cientistas descobriram é que os genes que não foram submetidos à metilação e que residem em um subúrbio próximo a genes que sofreram esse processo também são silenciados.

"Simplificando muito, poderíamos dizer que os genes bons, os que evitam o crescimento dos tumores, são pressionados pelos genes maus, os que faz com que cresçam os tumores, e acabam se comportando todos como genes maus", acrescentou Clark.

A equipe criou um novo método para escanear o complemento inteiro dos mais de 30 mil genes, o genoma inteiro, de mostras de tecido de câncer, o que lhes permitiu identificar as mudanças ocorridas em partes específicas do genoma.

Segundo Clark, ao entender melhor o comportamento das células cancerígenas será mais fácil detectar o câncer e melhorar seu tratamento.

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