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07/12/2000
-
08h34
da Folha de S.Paulo
Alterações na voz e na fala podem ser indícios do mal de Parkinson. Por isso a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) está utilizando um novo exame, chamado telelaringoestroboscopia, que visualiza as cordas vocais. Em conjunto com o exame clínico de rotina, torna o diagnóstico da doença muito mais preciso.
O mal de Parkinson é um distúrbio neurodegenerativo progressivo que causa dificuldades de movimento. É causado pela morte de neurônios produtores de dopamina, substância que está envolvida no controle dos movimentos automáticos e involuntários do corpo.
Fazendo só o exame tradicional, os sintomas do mal de Parkinson podem ser confundidos com os de outras doenças neurodegenerativas, como esclerose múltipla e amiotrófica.
Com o uso da telelaringoestroboscopia, os tremores e as vibrações das cordas vocais, típicos da doença, são mostrados na tela do computador enquanto o paciente fala durante o exame.
"O tremor nas cordas vocais só pode ser percebido no parkinsoniano, e não no paciente com esclerose", explica Onivaldo Cervantes, chefe do setor de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Unifesp e autor da pesquisa que mostra a importância do exame das cordas vocais.
"Com a realização desses exames, podemos estabelecer parâmetros de comparação entre a frequência e a amplitude da voz, que contribuem para o diagnóstico da doença, e podemos acompanhar sua evolução de forma mais precisa", afirma Cervantes.
No entanto é preciso esclarecer que outras doenças também podem causar distúrbios vocais, como o estresse e o Parkinson plus, que, apesar de semelhante ao mal de Parkinson, não é degenerativo como ele.
Cervantes explica que 80% a 90% dos pacientes parkinsonianos apresentam distúrbios da fala, da voz ou da deglutição em alguma fase da doença.
"Mas é necessário que o médico fique atento ao fato de que, muitas vezes, o idoso tem fadiga vocal ou tremor na voz sem que isso signifique que ele sofra do mal", alerta.
Novo teste identifica mal de Parkinson
ISABEL GERHARDTda Folha de S.Paulo
Alterações na voz e na fala podem ser indícios do mal de Parkinson. Por isso a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) está utilizando um novo exame, chamado telelaringoestroboscopia, que visualiza as cordas vocais. Em conjunto com o exame clínico de rotina, torna o diagnóstico da doença muito mais preciso.
O mal de Parkinson é um distúrbio neurodegenerativo progressivo que causa dificuldades de movimento. É causado pela morte de neurônios produtores de dopamina, substância que está envolvida no controle dos movimentos automáticos e involuntários do corpo.
Fazendo só o exame tradicional, os sintomas do mal de Parkinson podem ser confundidos com os de outras doenças neurodegenerativas, como esclerose múltipla e amiotrófica.
Com o uso da telelaringoestroboscopia, os tremores e as vibrações das cordas vocais, típicos da doença, são mostrados na tela do computador enquanto o paciente fala durante o exame.
"O tremor nas cordas vocais só pode ser percebido no parkinsoniano, e não no paciente com esclerose", explica Onivaldo Cervantes, chefe do setor de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Unifesp e autor da pesquisa que mostra a importância do exame das cordas vocais.
"Com a realização desses exames, podemos estabelecer parâmetros de comparação entre a frequência e a amplitude da voz, que contribuem para o diagnóstico da doença, e podemos acompanhar sua evolução de forma mais precisa", afirma Cervantes.
No entanto é preciso esclarecer que outras doenças também podem causar distúrbios vocais, como o estresse e o Parkinson plus, que, apesar de semelhante ao mal de Parkinson, não é degenerativo como ele.
Cervantes explica que 80% a 90% dos pacientes parkinsonianos apresentam distúrbios da fala, da voz ou da deglutição em alguma fase da doença.
"Mas é necessário que o médico fique atento ao fato de que, muitas vezes, o idoso tem fadiga vocal ou tremor na voz sem que isso signifique que ele sofra do mal", alerta.
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