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07/12/2000
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08h36
Recuperação mais rápida e menor necessidade de usar analgésicos são os principais benefícios que a arte traz a pacientes internados em hospitais.
Pesquisa feita em 1993 pela Universidade de Upsala (Suécia) e pela Texas A&M University (EUA), com 160 pacientes submetidos a cirurgias cardíacas, concluiu que aqueles que foram colocados em quartos com quadros de paisagem natural receberam alta mais rapidamente do que os que só podiam olhar para paredes brancas.
O primeiro grupo também solicitou menor quantidade de morfina para aliviar as dores do que os demais.
Mas o efeito positivo só acontece, segundo a pesquisa, se a obra estiver em harmonia com as necessidades psicológicas do paciente.
"O uso da arte no ambiente hospitalar é uma faca de dois gumes. Se for usada sem conhecimento, atabalhoadamente, atrapalha, deixando-os ainda mais tensos", adverte Roger Ulrich, coordenador da pesquisa.
Os pacientes que ficaram em quartos com pinturas abstratas, por exemplo, não apresentarem recuperação mais rápida e alguns chegaram a pedir que os quadros fossem retirados. "Sete deles se sentiram incomodados pelos desenhos com formas pontiagudas", diz Ulrich.
O arquiteto Ary Perez, co-autor da escultura instalada no Einstein, concorda que é preciso critério na escolha. "O hospital já é um lugar inóspito, não pode virar um shopping center. As obras escolhidas precisam ter um significado, inspirar alguma reflexão em quem está ali. Se virar uma salada de frutas de obras doadas, em vez de ajudar, piora."
Pesquisas comprovam que artes trazem benefícios a pacientes
da Folha de S.PauloRecuperação mais rápida e menor necessidade de usar analgésicos são os principais benefícios que a arte traz a pacientes internados em hospitais.
Pesquisa feita em 1993 pela Universidade de Upsala (Suécia) e pela Texas A&M University (EUA), com 160 pacientes submetidos a cirurgias cardíacas, concluiu que aqueles que foram colocados em quartos com quadros de paisagem natural receberam alta mais rapidamente do que os que só podiam olhar para paredes brancas.
O primeiro grupo também solicitou menor quantidade de morfina para aliviar as dores do que os demais.
Mas o efeito positivo só acontece, segundo a pesquisa, se a obra estiver em harmonia com as necessidades psicológicas do paciente.
"O uso da arte no ambiente hospitalar é uma faca de dois gumes. Se for usada sem conhecimento, atabalhoadamente, atrapalha, deixando-os ainda mais tensos", adverte Roger Ulrich, coordenador da pesquisa.
Os pacientes que ficaram em quartos com pinturas abstratas, por exemplo, não apresentarem recuperação mais rápida e alguns chegaram a pedir que os quadros fossem retirados. "Sete deles se sentiram incomodados pelos desenhos com formas pontiagudas", diz Ulrich.
O arquiteto Ary Perez, co-autor da escultura instalada no Einstein, concorda que é preciso critério na escolha. "O hospital já é um lugar inóspito, não pode virar um shopping center. As obras escolhidas precisam ter um significado, inspirar alguma reflexão em quem está ali. Se virar uma salada de frutas de obras doadas, em vez de ajudar, piora."
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