Publicidade
Publicidade
22/06/2006
-
10h33
PEDRO DIAS LEITE
EDUARDO SCOLESE
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O governo federal criou ontem três novas reservas ambientais na Amazônia, com áreas que somam 1,84 milhão de hectares, mas a sua implementação não será imediata. "Cada realidade é uma realidade", explicou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que não quis dizer quando espera que haja um controle efetivo do governo na área.
Foram criados o Parque Nacional dos Campos Amazônicos, com 880 mil hectares, e as reservas extrativistas do rio Unini (830 mil hectares) e Arapixi (133 mil hectares).
Enquanto nas reservas extrativistas é autorizado que as comunidades locais vivam da agricultura de subsistência, da criação de pequenos animais e de recursos naturais, no parque o ambiente é totalmente protegido --são permitidos apenas turismo ecológico e pesquisas.
A mais complicada das três áreas criadas ontem era justamente o Parque Nacional dos Campos Amazônicos, que vinha sendo discutido havia mais de oito anos. A região, no sudoeste do Amazonas e extremo nordeste de Rondônia, abriga intensa atividade agropecuária.
O parque teria inicialmente cerca de 600 mil hectares. Depois de consultas populares, o tamanho subiu para mais de 1 milhão. E chegou aos 880 mil após negociações com as comunidades e os empresários.
Barreiras
O Parque Nacional dos Campos Amazônicos --o primeiro a cobrir esse tipo de vegetação-- integra uma barreira de unidades de conservação que se estende desde Mato Grosso, para impedir o avanço da agropecuária sobre florestas do Amazonas. "Fechamos o buraco de Rondônia", disse o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco.
Por enquanto, não há verbas para essas novas áreas. Ainda faltam a elaboração de um plano de manejo e a finalização do processo de regularização fundiária, em parceria com o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
Com esse 1,84 milhão de hectares protegido ontem, as áreas de conservação federal criadas no governo Lula chegam a 19,3 milhões de hectares. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, esse número representa 34% de tudo o que foi criado em todos os governos anteriores.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre reservas ambientais
Amazônia ganha 1,84 milhão de ha em novas reservas
Publicidade
EDUARDO SCOLESE
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O governo federal criou ontem três novas reservas ambientais na Amazônia, com áreas que somam 1,84 milhão de hectares, mas a sua implementação não será imediata. "Cada realidade é uma realidade", explicou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que não quis dizer quando espera que haja um controle efetivo do governo na área.
Foram criados o Parque Nacional dos Campos Amazônicos, com 880 mil hectares, e as reservas extrativistas do rio Unini (830 mil hectares) e Arapixi (133 mil hectares).
Enquanto nas reservas extrativistas é autorizado que as comunidades locais vivam da agricultura de subsistência, da criação de pequenos animais e de recursos naturais, no parque o ambiente é totalmente protegido --são permitidos apenas turismo ecológico e pesquisas.
A mais complicada das três áreas criadas ontem era justamente o Parque Nacional dos Campos Amazônicos, que vinha sendo discutido havia mais de oito anos. A região, no sudoeste do Amazonas e extremo nordeste de Rondônia, abriga intensa atividade agropecuária.
O parque teria inicialmente cerca de 600 mil hectares. Depois de consultas populares, o tamanho subiu para mais de 1 milhão. E chegou aos 880 mil após negociações com as comunidades e os empresários.
Barreiras
O Parque Nacional dos Campos Amazônicos --o primeiro a cobrir esse tipo de vegetação-- integra uma barreira de unidades de conservação que se estende desde Mato Grosso, para impedir o avanço da agropecuária sobre florestas do Amazonas. "Fechamos o buraco de Rondônia", disse o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco.
Por enquanto, não há verbas para essas novas áreas. Ainda faltam a elaboração de um plano de manejo e a finalização do processo de regularização fundiária, em parceria com o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
Com esse 1,84 milhão de hectares protegido ontem, as áreas de conservação federal criadas no governo Lula chegam a 19,3 milhões de hectares. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, esse número representa 34% de tudo o que foi criado em todos os governos anteriores.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
- Sons irritantes de mastigação fazem parte do cérebro entrar em parafuso
- Continente perdido há milhões de anos é achado debaixo do Oceano Índico
- Por que é tão difícil definir o que é vida e o que são seres 'vivos'
- Conheça as histórias de mulheres de sucesso na Nasa
+ Comentadas
- Criatura em forma de saco e sem ânus poderia ser antepassado do homem
- Atritos entre governo estadual e Fapesp são antigos, dizem cientistas
+ EnviadasÍndice