Publicidade
Publicidade
27/06/2006
-
11h05
da Efe, em Pequim
Um cientista chinês garante que, apesar de ser prejudicial à saúde, a nicotina pode ser usada para tratar doenças como o mal de Alzheimer e o mal de Parkinson. Zhao Baolu, membro da Academia Chinesa de Ciências, estuda há 20 anos os efeitos desta substância, considerada a principal causadora da dependência ao tabaco.
Em experiências realizadas com ratos, Zhao notou que os roedores que receberam doses de nicotina equivalentes a dois maços de cigarros ao dia para os humanos são menos propensos a contrair problemas neurológicos, como mal Parkinson ou Alzheimer.
Isso porque a nicotina atua como um antioxidante que "blinda" os neurônios (células cerebrais) e os protege de outras substâncias que causam estas citadas doenças. "A nicotina não é tóxica, só cria dependência", afirmou Zhao, negando qualquer vínculo com interesses da indústria do cigarro. A descoberta foi divulgada no "British Journal of Pharmacology".
"Eu não sou a favor que as pessoas fumem, porque existem outros componentes no cigarro prejudiciais à saúde, como o alcatrão", afirma o cientista.
Zhao pede que seus trabalhos não sejam mal-interpretados. "Não se trata de fumar para prevenir problemas neurológicos, mas sim usar a nicotina em estado puro, sem o restante da planta do tabaco, em dose cientificamente calculada e apenas em pacientes que precisarem", explica.
Esses pacientes seriam pessoas que começaram a mostrar sintomas de problemas neurológicos ou as que são propensas a tê-los por herança genética (com pais que sofreram doenças deste tipo).
O cientista afirmou que, após o sucesso dos experimentos com cobaias, está disposto a iniciar testes em humanos. No entanto, ele afirma não ter dinheiro para fazê-lo.
O cientista chinês não é o primeiro que defende os benefícios da nicotina. Há quase 500 anos, o embaixador francês em Portugal Jean Nicot (que deu nome à substância) já promovia o uso medicinal do tabaco. No entanto, somente em 1828 a nicotina foi isolada da planta.
Leia mais
Cerca de 40% fumam 1º cigarro 5 minutos após acordar
Fumantes são 40% mais propensos à impotência, diz estudo
Especial
Leia o que já foi publicado sobre tabagismo
Nicotina pode tratar doenças, afirma cientista chinês
Publicidade
Um cientista chinês garante que, apesar de ser prejudicial à saúde, a nicotina pode ser usada para tratar doenças como o mal de Alzheimer e o mal de Parkinson. Zhao Baolu, membro da Academia Chinesa de Ciências, estuda há 20 anos os efeitos desta substância, considerada a principal causadora da dependência ao tabaco.
Em experiências realizadas com ratos, Zhao notou que os roedores que receberam doses de nicotina equivalentes a dois maços de cigarros ao dia para os humanos são menos propensos a contrair problemas neurológicos, como mal Parkinson ou Alzheimer.
Isso porque a nicotina atua como um antioxidante que "blinda" os neurônios (células cerebrais) e os protege de outras substâncias que causam estas citadas doenças. "A nicotina não é tóxica, só cria dependência", afirmou Zhao, negando qualquer vínculo com interesses da indústria do cigarro. A descoberta foi divulgada no "British Journal of Pharmacology".
"Eu não sou a favor que as pessoas fumem, porque existem outros componentes no cigarro prejudiciais à saúde, como o alcatrão", afirma o cientista.
Zhao pede que seus trabalhos não sejam mal-interpretados. "Não se trata de fumar para prevenir problemas neurológicos, mas sim usar a nicotina em estado puro, sem o restante da planta do tabaco, em dose cientificamente calculada e apenas em pacientes que precisarem", explica.
Esses pacientes seriam pessoas que começaram a mostrar sintomas de problemas neurológicos ou as que são propensas a tê-los por herança genética (com pais que sofreram doenças deste tipo).
O cientista afirmou que, após o sucesso dos experimentos com cobaias, está disposto a iniciar testes em humanos. No entanto, ele afirma não ter dinheiro para fazê-lo.
O cientista chinês não é o primeiro que defende os benefícios da nicotina. Há quase 500 anos, o embaixador francês em Portugal Jean Nicot (que deu nome à substância) já promovia o uso medicinal do tabaco. No entanto, somente em 1828 a nicotina foi isolada da planta.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
- Sons irritantes de mastigação fazem parte do cérebro entrar em parafuso
- Continente perdido há milhões de anos é achado debaixo do Oceano Índico
- Por que é tão difícil definir o que é vida e o que são seres 'vivos'
- Conheça as histórias de mulheres de sucesso na Nasa
+ Comentadas
- Criatura em forma de saco e sem ânus poderia ser antepassado do homem
- Atritos entre governo estadual e Fapesp são antigos, dizem cientistas
+ EnviadasÍndice