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08/07/2006
-
16h55
LAURENT THOMET
da France Presse
Os astronautas do Discovery, Piers Sellers e Mike Fossum, deixaram a Estação Espacial Internacional (ISS) neste sábado para sua primeira saída espacial, dedicada ao teste de equipamentos para eventuais reparos futuros do ônibus espacial. "Deus meu, é um lindo dia na Irlanda", exclamou Sellers, nascido na Inglaterra, enquanto a nave passava sobre as ilhas britânicas.
Os dois astronautas, de nacionalidade americana, abriram a escotilha da câmara de descompressão da ISS às 13h17 GMT, iniciando uma saída que durará mais de seis horas. Antes, eles ficaram várias horas dentro da câmara, respirando oxigênio puro para evitar mal-estar com os trajes espaciais.
Na primeira de três saídas espaciais, que tem como objetivo testar uma nova técnica de reparo em órbita, os astronautas simularão trabalhos no ônibus espacial Discovery e tentarão provar se um braço robótico da nave pode ser usado como plataforma de trabalho para efetuar reparos.
A simulação é parte de um esforço intenso da Nasa para melhorar a segurança de seus astronautas desde que sete deles morreram no acidente do Columbia em fevereiro de 2003.
"Como parte do esforço para um vôo de volta queremos nos assegurar de que temos capacidade de reparar qualquer área do sistema de proteção térmica se for necessário", disse à imprensa Tony Ceccacci, diretor de vôo.
O encarregado do programa do ônibus espacial, John Shannon, disse que uma saída espacial pode ocorrer se for preciso reparar elementos considerados potencialmente perigosos. "Não descartamos nada até que os analistas digam que não temos problemas", disse Shannon aos repórteres. "Agora as opções estão sobre a mesa", continuou.
Os analistas, que estudaram centenas de imagens da nave, identificaram problemas nas placas térmicas da parte de dentro do Discovery. A falha no caso do Colúmbia foi causada por uma placa isolante que saiu de um tanque de combustível externo e perfurou seu protetor término durante a decolagem, o que condenou sua volta à Terra em 1º de fevereiro de 2003.
Ano passado, um astronauta fez pela primeira vez uma saída ao espaço para fazer reparos do mesmo gênero. Além de provar novas técnicas de reparo, a Nasa melhorou a espuma isolante para reduzir o risco de falha durante a decolagem.
A agência espacial dos Estados Unidos pretende reiniciar missões regulares para terminar a construção da Estação Espacial Internacional até 2010 e, para isso, deve demonstrar que há maior segurança em seus vôos. "Provar que podemos fazer reparos em órbita é muito valioso para o programa", disse Fossum da estação espacial.
A Nasa anunciou nesta sexta-feira que a missão durará um dia a mais que o previsto, para dar tempo de os astronautas saírem pela terceira vez ao espaço. Se for concluído que a nave sofreu danos irreparáveis, os astronautas se refugiarão na ISS e esperarão por uma missão de resgate.
O ônibus espacial Discovery está acoplado à ISS desde quinta-feira e deve voltar dia 17 de julho ao centro espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, Flórida (sudeste), de onde decolou em 4 de julho.
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Astronautas do Discovery simulam reparos em 1ª saída ao espaço
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da France Presse
Os astronautas do Discovery, Piers Sellers e Mike Fossum, deixaram a Estação Espacial Internacional (ISS) neste sábado para sua primeira saída espacial, dedicada ao teste de equipamentos para eventuais reparos futuros do ônibus espacial. "Deus meu, é um lindo dia na Irlanda", exclamou Sellers, nascido na Inglaterra, enquanto a nave passava sobre as ilhas britânicas.
Os dois astronautas, de nacionalidade americana, abriram a escotilha da câmara de descompressão da ISS às 13h17 GMT, iniciando uma saída que durará mais de seis horas. Antes, eles ficaram várias horas dentro da câmara, respirando oxigênio puro para evitar mal-estar com os trajes espaciais.
AP Photo/Nasa |
Astronautas Piers Sellers e Mike Fossum durante caminhada espacial neste sábado |
A simulação é parte de um esforço intenso da Nasa para melhorar a segurança de seus astronautas desde que sete deles morreram no acidente do Columbia em fevereiro de 2003.
"Como parte do esforço para um vôo de volta queremos nos assegurar de que temos capacidade de reparar qualquer área do sistema de proteção térmica se for necessário", disse à imprensa Tony Ceccacci, diretor de vôo.
O encarregado do programa do ônibus espacial, John Shannon, disse que uma saída espacial pode ocorrer se for preciso reparar elementos considerados potencialmente perigosos. "Não descartamos nada até que os analistas digam que não temos problemas", disse Shannon aos repórteres. "Agora as opções estão sobre a mesa", continuou.
Os analistas, que estudaram centenas de imagens da nave, identificaram problemas nas placas térmicas da parte de dentro do Discovery. A falha no caso do Colúmbia foi causada por uma placa isolante que saiu de um tanque de combustível externo e perfurou seu protetor término durante a decolagem, o que condenou sua volta à Terra em 1º de fevereiro de 2003.
Ano passado, um astronauta fez pela primeira vez uma saída ao espaço para fazer reparos do mesmo gênero. Além de provar novas técnicas de reparo, a Nasa melhorou a espuma isolante para reduzir o risco de falha durante a decolagem.
A agência espacial dos Estados Unidos pretende reiniciar missões regulares para terminar a construção da Estação Espacial Internacional até 2010 e, para isso, deve demonstrar que há maior segurança em seus vôos. "Provar que podemos fazer reparos em órbita é muito valioso para o programa", disse Fossum da estação espacial.
A Nasa anunciou nesta sexta-feira que a missão durará um dia a mais que o previsto, para dar tempo de os astronautas saírem pela terceira vez ao espaço. Se for concluído que a nave sofreu danos irreparáveis, os astronautas se refugiarão na ISS e esperarão por uma missão de resgate.
O ônibus espacial Discovery está acoplado à ISS desde quinta-feira e deve voltar dia 17 de julho ao centro espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, Flórida (sudeste), de onde decolou em 4 de julho.
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