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09/08/2006
-
15h12
da France Presse, em Wellington
Um cientista neozelandês gerou polêmica ao alegar que o povo maori, nativo da Nova Zelândia, tem um gene "guerreiro" que torna seus indivíduos mais propensos a um comportamento violento ou criminoso. Rod Lea revelou sua teoria durante uma conferência sobre genética ocorrida nesta semana na Austrália.
O cientista reconheceu ser polêmico sugerir que um grupo étnico tem predisposição para um comportamento criminoso. A alegação foi imediatamente criticada por líderes maori.
A co-presidente do Partido Maori, Tariana Turia, disse ao jornal "The Press" nesta quarta-feira que, embora tenha ouvido que o povo maori tem uma predisposição ao alcoolismo, seria um grande salto incluir tendências violentas nessa tese. "Eu percebo que a violência é uma questão para nós, mas há fatores muito comuns que não estão relacionados a uma raça", acrescentou.
Lea, um epidemiologista genético do Instituto de Ciência e Pesquisa Ambiental (Institute of Environmental Science and Research), em Wellington, sustenta que os homens maori têm uma quantidade incomum de monoamino oxidase --apelidado de "gene guerreiro"--, associado ao comportamento agressivo. O gene foi descoberto por cientistas americanos, mas nunca havia sido vinculado a um grupo étnico.
O cientista disse à National Radio, na quarta-feira, que o gene foi apontado em cerca de 60% dos homens maori e em 30% dos europeus. "Eu acredito que esse gene tem influência no comportamento dos seres humanos em geral, mas eu também acredito que a influência é pequena", afirmou. "Temos de ser claros de que traços comportamentais, tais como suscetibilidade ao vício, o comportamento agressivo, assumir riscos, todos estes tipos de coisas, são extremamente complexos e se devem a muitos fatores, inclusive fatores ambientais não-genéticos como educação e outros diferentes fatores de vida", acrescentou.
Lea disse ainda que o gene explica algumas questões relativas aos maori. "Eles serão mais agressivos e violentos e mais propensos a assumir um comportamento de risco como o de apostar", destacou. "Há muitas situações de estilo de vida, educação, que poderiam ser relevantes aqui, portanto, obviamente, o gene não faria de você automaticamente um criminoso."
A parlamentar maori Hone Harawira acredita que fatores sociais, como desemprego, baixo nível educacional e em muitos casos pobreza extrema contribuam mais para a violência dos maori do que o "gene guerreiro".
"Se você colocar qualquer grupo nesta situação... Eu o desafio a apontar o grupo que não seria agressivo como resultado de ser tratado daquela maneira", afirmou.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o povo maori
Teoria polêmica atribui "agressividade" de povo maori a gene
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Um cientista neozelandês gerou polêmica ao alegar que o povo maori, nativo da Nova Zelândia, tem um gene "guerreiro" que torna seus indivíduos mais propensos a um comportamento violento ou criminoso. Rod Lea revelou sua teoria durante uma conferência sobre genética ocorrida nesta semana na Austrália.
O cientista reconheceu ser polêmico sugerir que um grupo étnico tem predisposição para um comportamento criminoso. A alegação foi imediatamente criticada por líderes maori.
A co-presidente do Partido Maori, Tariana Turia, disse ao jornal "The Press" nesta quarta-feira que, embora tenha ouvido que o povo maori tem uma predisposição ao alcoolismo, seria um grande salto incluir tendências violentas nessa tese. "Eu percebo que a violência é uma questão para nós, mas há fatores muito comuns que não estão relacionados a uma raça", acrescentou.
Lea, um epidemiologista genético do Instituto de Ciência e Pesquisa Ambiental (Institute of Environmental Science and Research), em Wellington, sustenta que os homens maori têm uma quantidade incomum de monoamino oxidase --apelidado de "gene guerreiro"--, associado ao comportamento agressivo. O gene foi descoberto por cientistas americanos, mas nunca havia sido vinculado a um grupo étnico.
O cientista disse à National Radio, na quarta-feira, que o gene foi apontado em cerca de 60% dos homens maori e em 30% dos europeus. "Eu acredito que esse gene tem influência no comportamento dos seres humanos em geral, mas eu também acredito que a influência é pequena", afirmou. "Temos de ser claros de que traços comportamentais, tais como suscetibilidade ao vício, o comportamento agressivo, assumir riscos, todos estes tipos de coisas, são extremamente complexos e se devem a muitos fatores, inclusive fatores ambientais não-genéticos como educação e outros diferentes fatores de vida", acrescentou.
Lea disse ainda que o gene explica algumas questões relativas aos maori. "Eles serão mais agressivos e violentos e mais propensos a assumir um comportamento de risco como o de apostar", destacou. "Há muitas situações de estilo de vida, educação, que poderiam ser relevantes aqui, portanto, obviamente, o gene não faria de você automaticamente um criminoso."
A parlamentar maori Hone Harawira acredita que fatores sociais, como desemprego, baixo nível educacional e em muitos casos pobreza extrema contribuam mais para a violência dos maori do que o "gene guerreiro".
"Se você colocar qualquer grupo nesta situação... Eu o desafio a apontar o grupo que não seria agressivo como resultado de ser tratado daquela maneira", afirmou.
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