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23/08/2006 - 18h27

Cientistas obtêm células-tronco humanas sem destruir o embrião

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da France Presse, em Paris

Uma equipe de cientistas americanos conseguiu produzir duas linhagens de células-tronco embrionárias sem causar a morte dos embriões utilizados, segundo artigo publicado nesta quarta-feira no site da Nature.

O método, que não causa a destruição dos embriões, permite evitar as objeções éticas alegadas sobretudo pelo governo americano para justificar a interdição de qualquer financiamento federal a pesquisas com células-tronco embrionárias humanas, criadas após agosto de 2001.

Cientistas do Advanced Cell Technology (ACT), de Massachusetts, que no ano passado conseguiram produzir cinco linhagens de células-tronco a partir de embriões de ratos, adaptaram sua técnica para o ser humano.

Utilizando dezesseis embriões excedentes resultantes de fertilização in vitro, eles coletaram uma única célula usando um método similar àquele utilizado para fazer um diagnóstico pré-implantacional (DPI).

O DPI é utilizado em caso de risco de doença genética hereditária para selecionar, após uma fertilização in vitro, os embriões ilesos, antes de implantá-los no útero da mãe.

Deixando esta única célula coletada se multiplicar por uma noite, "as células produzidas podem ser utilizadas, ao mesmo tempo, para o teste genético e para a produção de linhagens de células-tronco", sem que isto afete o futuro do embrião, explicam no artigo Robert Lanza, Young Chung e os outros pesquisadores.

Ainda não diferenciadas, as células-tronco embrionárias são capazes de evoluir para substituir qualquer célula humana, e por isto despertam esperanças para contribuir em terapias futuras, como o enxerto de células cardíacas após um infarto.

Cultivadas em laboratório, as células-tronco coletadas de um embrião nos primeiros dias de seu desenvolvimento dotam as linhagens celulares do mesmo patrimônio genético que o embrião de origem. Desta forma seria possível produzi-lo em quantidade quase ilimitada.

A equipe de cientistas conseguiu preservar a vida do embrião, produzir duas linhagens de células-tronco embrionárias humanas que podem ser mantidas em um estágio completamente indiferenciado, ou seja, sem especialização, durante mais de oito meses. Elas apresentam, segundo os cientistas, as mesmas características das linhagens obtidas pelos métodos convencionais.

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