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07/09/2006
-
09h42
da France Presse
A cristalização rápida do magma pode desencadear erupções devastadoras em vulcões explosivos, como o monte Santa Helena ou o Pinatubo, segundo um estudo da Universidade de Bristol publicado nesta quinta-feira pela revista científica "Nature".
O cientista Jon Blundy e seus colegas demonstraram que os magmas se aquecem no momento em que se cristalizam. Até então, acreditava-se intuitivamente que eles esfriavam. Quanto mais intensa a cristalização, maior o aquecimento.
Além disso, o fenômeno de cristalização ocorre durante um período relativamente curto, medido em anos, e não em séculos.
"O magma ascendente se reaquece sozinho em decorrência de sua cristalização e não de uma fonte de calor externa, como um magma mais quente vindo das profundezas."
O efeito de reaquecimento atinge seu máximo quando a pressão interna é fraca. O fator que está na origem do fenômeno de cristalização parece ser uma queda da pressão ambiental, mais do que uma troca de calor com as rochas das proximidades, como se acreditava até o momento. "Isto coloca várias possibilidades interessantes sobre a dinâmica das erupções", informa a universidade.
As erupções explosivas são provocadas por um acúmulo de gás e de magma que escapa das rochas incandescentes situadas a vários quilômetros abaixo a superfície da Terra e que acabam pressionam as rochas que obstruem a cratera.
Esse tipo de erupção pode ser desastroso: em junho de 1991, mil pessoas morreram em decorrência do súbito despertar do vulcão Pinatubo, na ilha de Luzon (Filipinas), depois de meio milênio de inatividade. Em maio de 1980, uma erupção destruiu os 400 metros superiores do monte Santa Helena (noroeste dos Estados Unidos), deixando cerca de 50 mortos.
A previsão dessas erupções esbarra no pouco conhecimento dos pesquisadores sobre as características do magma vulcânico (temperatura, viscosidade, proporção de água e gás) quando este se encontra em regiões profundas da Terra.
Os pesquisadores britânicos examinaram minúsculas gotículas de líquidos vulcânicos presas em cristais de rochas durante a subida do magma para a superfície e expulsas em erupções. Eles acreditam que a análise destas gotículas permite estabelecer, para cada vulcão estudado, um retrato das características de seu magma no momento em que este sobe à superfície da Terra.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre vulcões
Cristalização do magma pode ativar erupções
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A cristalização rápida do magma pode desencadear erupções devastadoras em vulcões explosivos, como o monte Santa Helena ou o Pinatubo, segundo um estudo da Universidade de Bristol publicado nesta quinta-feira pela revista científica "Nature".
O cientista Jon Blundy e seus colegas demonstraram que os magmas se aquecem no momento em que se cristalizam. Até então, acreditava-se intuitivamente que eles esfriavam. Quanto mais intensa a cristalização, maior o aquecimento.
Além disso, o fenômeno de cristalização ocorre durante um período relativamente curto, medido em anos, e não em séculos.
"O magma ascendente se reaquece sozinho em decorrência de sua cristalização e não de uma fonte de calor externa, como um magma mais quente vindo das profundezas."
O efeito de reaquecimento atinge seu máximo quando a pressão interna é fraca. O fator que está na origem do fenômeno de cristalização parece ser uma queda da pressão ambiental, mais do que uma troca de calor com as rochas das proximidades, como se acreditava até o momento. "Isto coloca várias possibilidades interessantes sobre a dinâmica das erupções", informa a universidade.
As erupções explosivas são provocadas por um acúmulo de gás e de magma que escapa das rochas incandescentes situadas a vários quilômetros abaixo a superfície da Terra e que acabam pressionam as rochas que obstruem a cratera.
Esse tipo de erupção pode ser desastroso: em junho de 1991, mil pessoas morreram em decorrência do súbito despertar do vulcão Pinatubo, na ilha de Luzon (Filipinas), depois de meio milênio de inatividade. Em maio de 1980, uma erupção destruiu os 400 metros superiores do monte Santa Helena (noroeste dos Estados Unidos), deixando cerca de 50 mortos.
A previsão dessas erupções esbarra no pouco conhecimento dos pesquisadores sobre as características do magma vulcânico (temperatura, viscosidade, proporção de água e gás) quando este se encontra em regiões profundas da Terra.
Os pesquisadores britânicos examinaram minúsculas gotículas de líquidos vulcânicos presas em cristais de rochas durante a subida do magma para a superfície e expulsas em erupções. Eles acreditam que a análise destas gotículas permite estabelecer, para cada vulcão estudado, um retrato das características de seu magma no momento em que este sobe à superfície da Terra.
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