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24/10/2006 - 11h45

Metais pesados na Billings ultrapassam nível máximo, diz bióloga

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da Folha Online

A concentração de metais pesados no fundo de uma parte da Represa Billings está até 102 vezes acima do nível máximo recomendado. A conclusão é da bióloga Carolina Fiorillo Mariani, que em seu mestrado, realizado no Instituto de Biociências da USP, avaliou a presença de seis metais pesados (cobre, cádmio, zinco, chumbo, níquel e cromo) nos sedimentos do Reservatório do Rio Grande, que faz parte do Complexo Billings.

"A quantidade desse metal supera em muitas vezes a indicada pelo Conselho Canadense do Ministério do Meio Ambiente (CCME), órgão de proteção ambiental aceito pela comunidade acadêmica que estabelece limite de teor desses metais e de outros componentes tóxicos no sedimento", afirma Carolina.

Segundo Carolina, "os sedimentos funcionam como um compartimento de registro histórico do que acontece no local". Separado da represa na década de 80 devido ao despejo das águas do rio Pinheiros, altamente poluidoras, o reservatório é aproveitado para abastecimento público e até como local de recreação.

Em sua pesquisa, a bióloga coletou amostras de 29 locais do Rio Grande para conhecer a disposição espacial desses metais, amostragem considerada grande se comparada com o que se costuma fazer.

Contaminação

As maiores concentrações de metais foram encontradas próximas à barragem, uma região baixa, cujo menor fluxo de água favorece a sedimentação. As concentrações também foram mais altas onde desemboca o rio Ribeirão Pires. O esgoto proveniente do município de mesmo nome e a proximidade com indústrias e mineradoras são possíveis causas para a forte contaminação.

No caso específico do metal que mais marcou presença nas análises, Carolina aponta como causa potencial o tratamento das águas do local realizado pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). "Sabe-se que a Sabesp já usou sulfato de cobre para combater a proliferação de algas, organismos que acabam dando gosto à água e podem até contaminá-la com toxinas".

A bióloga ressalta que não há como saber ao certo que tipo de algicida é usado, pois a companhia não divulga essa informação.

Com informações da Agência USP

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