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10/11/2006
-
22h05
da France Presse, em Paris
Mais de 3 milhões de pessoas morrem todos os anos no mundo, vítimas da excessiva concentração de glicose no sangue, de acordo com uma pesquisa que será publicada na edição de sábado da revista médica britânica "The Lancet".
Cerca de 960 mil mortes se devem diretamente ao diabete, e 2,2 milhões são resultado de transtornos cardiovasculares causados pelo excesso de açúcar, acrescenta o estudo.
O excesso de glicose no sangue mata 3,16 milhões por ano, três vezes mais do que as mortes diretamente atribuídas ao diabete registradas em 2001.
Às vésperas do Dia Mundial do Diabete, celebrado dia 14 deste mês, os pesquisadores consideram que os números são comparáveis às mortes anuais causadas pelo cigarro (4,8 milhões), pelo colesterol alto (3,9 milhões) e pelo sobrepeso e pela obesidade (2,4 milhões).
Cerca de 1,5 milhão de mortes por infartos de miocárdio (ou seja, 21% do total) e 709 mil mortes por acidentes vasculares cerebrais (AVC) podem ser atribuídas a um elevado índice de glicose no sangue, ainda que demasiado baixo para ser definido como diabete, de acordo com a equipe de Goodarz Danaei e Majid Ezzati, da Harvard School of Public Health, nos Estados Unidos.
A maioria destas mortes é registrada em países com recursos escassos, acrescentaram os cientistas, que analisaram as taxas de glicose sangüínea em 52 países.
Em relação ao infarto, o sul da Ásia é a região mais atingida, com 548 mil mortes, seguida da Europa e da Ásia Central (313 mil). O sul asiático também lidera a lista de falecimentos por AVC (215 mil).
"A taxa de glicose mais elevada do que o nível ideal é uma das principais causas de mortalidade cardiovascular em várias regiões do mundo", concluem os especialistas.
A Federação Internacional do Diabete estima que 194 milhões de pessoas estavam doentes em 2003 e que, até 2025, quase 350 milhões morrerão desta enfermidade, sobretudo em países pobres.
Segundo um estudo finlandês publicado na "Lancet", pessoas propensas a desenvolver a doença devem praticar exercícios físicos moderados, modificar sua alimentação --aumentando as fibras e reduzindo gorduras-- e perder peso.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre diabete
Excesso de açúcar mata mais de 3 milhões de pessoas por ano
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Mais de 3 milhões de pessoas morrem todos os anos no mundo, vítimas da excessiva concentração de glicose no sangue, de acordo com uma pesquisa que será publicada na edição de sábado da revista médica britânica "The Lancet".
Cerca de 960 mil mortes se devem diretamente ao diabete, e 2,2 milhões são resultado de transtornos cardiovasculares causados pelo excesso de açúcar, acrescenta o estudo.
O excesso de glicose no sangue mata 3,16 milhões por ano, três vezes mais do que as mortes diretamente atribuídas ao diabete registradas em 2001.
Às vésperas do Dia Mundial do Diabete, celebrado dia 14 deste mês, os pesquisadores consideram que os números são comparáveis às mortes anuais causadas pelo cigarro (4,8 milhões), pelo colesterol alto (3,9 milhões) e pelo sobrepeso e pela obesidade (2,4 milhões).
Cerca de 1,5 milhão de mortes por infartos de miocárdio (ou seja, 21% do total) e 709 mil mortes por acidentes vasculares cerebrais (AVC) podem ser atribuídas a um elevado índice de glicose no sangue, ainda que demasiado baixo para ser definido como diabete, de acordo com a equipe de Goodarz Danaei e Majid Ezzati, da Harvard School of Public Health, nos Estados Unidos.
A maioria destas mortes é registrada em países com recursos escassos, acrescentaram os cientistas, que analisaram as taxas de glicose sangüínea em 52 países.
Em relação ao infarto, o sul da Ásia é a região mais atingida, com 548 mil mortes, seguida da Europa e da Ásia Central (313 mil). O sul asiático também lidera a lista de falecimentos por AVC (215 mil).
"A taxa de glicose mais elevada do que o nível ideal é uma das principais causas de mortalidade cardiovascular em várias regiões do mundo", concluem os especialistas.
A Federação Internacional do Diabete estima que 194 milhões de pessoas estavam doentes em 2003 e que, até 2025, quase 350 milhões morrerão desta enfermidade, sobretudo em países pobres.
Segundo um estudo finlandês publicado na "Lancet", pessoas propensas a desenvolver a doença devem praticar exercícios físicos moderados, modificar sua alimentação --aumentando as fibras e reduzindo gorduras-- e perder peso.
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