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18/11/2006
-
11h12
da Folha de S. Paulo, em Nairóbi
Uma das decisões tomadas na 12ª Conferência do Clima da ONU, que terminou ontem em Nairóbi (Quênia), foi comemorada como vitória por países em desenvolvimento. Delegados decidiram marcar para 2008 uma avaliação ("review") do Protocolo de Kyoto, e não uma revisão ampla ("revision") como queriam alguns países ricos.
O texto final afirma que a próxima avaliação "não levará a novas obrigações [de reduções de gases causadores do efeito estufa] para nenhuma das partes".
Segundo o secretário-executivo da convenção, Yvo de Boer, a inclusão foi sugerida por países em desenvolvimento por receio de que a avaliação do protocolo fosse usada para tentar incluir metas para países pobres.
As opiniões de ambientalistas sobre o resultado do encontro divergiram. A ONG Oxfam, por exemplo, disse que a inércia política esvaziou ações relevantes contra mudanças climáticas e a conferência "decepcionou a África e o mundo". Para o WWF, houve avanços, apesar de os ministros terem perdido a chance de tomar decisões que avançassem nas regras pós-2012, quando termina o primeiro período de obrigações de Kyoto.
Outro avanço foi realçado pela organização da convenção: o de como será gerenciado um fundo para adaptação às mudanças climáticas. Nesse debate, ONGs criticaram apenas o adiamento da decisão final sobre o funcionamento do mecanismo para o ano que vem.
Uma iniciativa que surgiu na reunião foi influenciada pelo próprio local do encontro. O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, anunciou uma "força-tarefa" de programas para incorporar a África nos MDLs (Mecanismos de Desenvolvimento Limpos), que trocam investimentos de países ricos em programas de energia limpa nos países pobres por créditos para deduzir de suas reduções de gases-estufa. O continente que menos aproveita o MDL é o mais castigado pelo clima.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a conferência em Nairóbi
Proposta dos países pobres vence votação em Nairóbi
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Uma das decisões tomadas na 12ª Conferência do Clima da ONU, que terminou ontem em Nairóbi (Quênia), foi comemorada como vitória por países em desenvolvimento. Delegados decidiram marcar para 2008 uma avaliação ("review") do Protocolo de Kyoto, e não uma revisão ampla ("revision") como queriam alguns países ricos.
O texto final afirma que a próxima avaliação "não levará a novas obrigações [de reduções de gases causadores do efeito estufa] para nenhuma das partes".
Segundo o secretário-executivo da convenção, Yvo de Boer, a inclusão foi sugerida por países em desenvolvimento por receio de que a avaliação do protocolo fosse usada para tentar incluir metas para países pobres.
As opiniões de ambientalistas sobre o resultado do encontro divergiram. A ONG Oxfam, por exemplo, disse que a inércia política esvaziou ações relevantes contra mudanças climáticas e a conferência "decepcionou a África e o mundo". Para o WWF, houve avanços, apesar de os ministros terem perdido a chance de tomar decisões que avançassem nas regras pós-2012, quando termina o primeiro período de obrigações de Kyoto.
Outro avanço foi realçado pela organização da convenção: o de como será gerenciado um fundo para adaptação às mudanças climáticas. Nesse debate, ONGs criticaram apenas o adiamento da decisão final sobre o funcionamento do mecanismo para o ano que vem.
Uma iniciativa que surgiu na reunião foi influenciada pelo próprio local do encontro. O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, anunciou uma "força-tarefa" de programas para incorporar a África nos MDLs (Mecanismos de Desenvolvimento Limpos), que trocam investimentos de países ricos em programas de energia limpa nos países pobres por créditos para deduzir de suas reduções de gases-estufa. O continente que menos aproveita o MDL é o mais castigado pelo clima.
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