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11/12/2006 - 17h10

Insulina aplicada diretamente sobre ferimentos pode ajudar na cicatrização

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da Efe, em Washington

A insulina, hormônio que regula os níveis do açúcar no sangue, pode ajudar significativamente na cura de ferimentos se aplicada diretamente no local, afirmaram ontem cientistas dos Estados Unidos.

A descoberta poderia beneficiar pacientes com diabetes, disseram os autores do estudo, um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Riverside. Nos EUA, os ferimentos crônicos, ou que demoram para cicatrizar, afetam milhões de pacientes com diabetes ou com deficiências de mobilidade.

Os cientistas explicaram que a insulina cicatrizou mais rapidamente os ferimentos na pele (derme e epiderme) de ratos do experimento. Após testes em ratos, a especialista Manuela Martins-Green e seus colegas fizeram estudos de acompanhamento em seres humanos com o cultivo de células.

O cultivo tinha o objetivo de explorar o impacto molecular da insulina nos queratinócitos (principal tipo de célula da epiderme). Os queratinócitos formam quase 90% das células da epiderme e são os últimos a sofrer regeneração em ferimentos. Os cientistas também realizaram processos em células endoteliais (que restabelecem o fluxo do sangue na pele danificada).

Resultados

Com várias técnicas celulares e moleculares, o estudo descobriu que a insulina estimulou a proliferação dos queratinócitos humanos, incentivando-os a emigrarem para a região lesionada.

Nos cultivos humanos de células endotélicas microvasculares, a insulina estimulou a migração para os tecidos dos ferimentos, resultando em uma rápida cicatrização, disseram.

Nesse sentido, o hormônio --que a princípio tem a função de regular os níveis do açúcar no sangue-- funcionou alterando as células de proteínas chamadas de quinases (uma enzima que modifica outras proteínas) para uma proteína que liga os elementos no DNA, regulando a produção de colesterol e substâncias relacionadas.

Os cientistas consideram que a descoberta anunciada ontem ajuda a compreender os vínculos entre o diabetes e a lentidão na cicatrização dos ferimentos nesses pacientes --a doença é causada pela produção ou utilização insuficientes de insulina.

Segundo os cientistas, conhecendo quais as células respondem à insulina é possível desenvolver procedimentos para um melhor uso deste hormônio no processo de rápida cicatrização dos ferimentos.

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