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21/12/2006
-
13h27
da Folha Online
Duas fêmeas de dragão-de-komodo, a maior espécie de lagarto do mundo, surpreenderam biólogos ao se mostrarem capazes de procriar sem terem sido fecundadas por machos. A partenogênese, nome da "concepção imaculada" no jargão científico, foi observada em dois zoológicos na Inglaterra e descrita por biólogos em estudo na revista "Nature".
A fêmea Flora, que vive no zoológico de Chester (Inglaterra), pôs em maio 25 ovos, dos quais 11 pareciam ser viáveis, sem que tivesse cruzado com um macho dessa espécie, que na idade adulta pode chegar a medir três metros e pesar até 90 quilos.
Os ovos de Flora, uma das fêmeas descritas, devem ter a casca rompida pelos filhotes no começo do ano que vem, afirma Kevin Buley, um dos curadores do zoológico de Chester, onde vive o animal.
Oito desses 11 ovos continuaram a se desenvolver normalmente, e os filhotes têm previsão de nascimento para janeiro, já que o período de incubação nessa espécie oscila entre sete e nove meses.
A fêmea Sungai, que vivia no zoológico de Londres, pôs ovos dois anos e meio após seu último contato com um macho e seus filhotes, nascidos sete meses e meio depois, eram sadios.
Os cientistas, dirigidos por Phill Watts, da Universidade de Liverpool, submeteram as ninhadas das duas fêmeas a "testes de paternidade" e descobriram que o genótipo combinado geral dos filhotes reproduzia exatamente o de suas mães.
"Embora se saiba que outras espécies de lagarto realizem autofecundação, esta é a primeira vez que esse processo [de partenogênese] é identificado em um dragão-de-komodo", explicou Kevin Buley, co-autor do artigo, em comunicado divulgado pelo zoológico de Chester.
O dragão-de-komodo vive em várias ilhas da Indonésia, mas tem população pequena, fragmentada e sofre perda de habitat. A espécie pode crescer até atingir três metros de comprimento e é o único lagarto capaz de comer presas maiores do que ele próprio. (Sua saliva tem uma flora bacteriana altamente tóxica, capaz de matar presas por septicemia.)
Uma das teorias sobre a evolução da partenogênese nesses animais é que ela tenha surgido para as fêmeas colonizarem ilhas distantes sozinhas.
Com informações da agência Efe
Especial
Leia o que já foi publicado sobre dragão-de-comodo
Fêmea de dragão-de-komodo se reproduz sem macho
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Duas fêmeas de dragão-de-komodo, a maior espécie de lagarto do mundo, surpreenderam biólogos ao se mostrarem capazes de procriar sem terem sido fecundadas por machos. A partenogênese, nome da "concepção imaculada" no jargão científico, foi observada em dois zoológicos na Inglaterra e descrita por biólogos em estudo na revista "Nature".
A fêmea Flora, que vive no zoológico de Chester (Inglaterra), pôs em maio 25 ovos, dos quais 11 pareciam ser viáveis, sem que tivesse cruzado com um macho dessa espécie, que na idade adulta pode chegar a medir três metros e pesar até 90 quilos.
Dave Thompson/AP |
Dragão-de-komodo, a maior espécie de lagarto de todo mundo, surpreende biólogos |
Oito desses 11 ovos continuaram a se desenvolver normalmente, e os filhotes têm previsão de nascimento para janeiro, já que o período de incubação nessa espécie oscila entre sete e nove meses.
A fêmea Sungai, que vivia no zoológico de Londres, pôs ovos dois anos e meio após seu último contato com um macho e seus filhotes, nascidos sete meses e meio depois, eram sadios.
Os cientistas, dirigidos por Phill Watts, da Universidade de Liverpool, submeteram as ninhadas das duas fêmeas a "testes de paternidade" e descobriram que o genótipo combinado geral dos filhotes reproduzia exatamente o de suas mães.
"Embora se saiba que outras espécies de lagarto realizem autofecundação, esta é a primeira vez que esse processo [de partenogênese] é identificado em um dragão-de-komodo", explicou Kevin Buley, co-autor do artigo, em comunicado divulgado pelo zoológico de Chester.
O dragão-de-komodo vive em várias ilhas da Indonésia, mas tem população pequena, fragmentada e sofre perda de habitat. A espécie pode crescer até atingir três metros de comprimento e é o único lagarto capaz de comer presas maiores do que ele próprio. (Sua saliva tem uma flora bacteriana altamente tóxica, capaz de matar presas por septicemia.)
Uma das teorias sobre a evolução da partenogênese nesses animais é que ela tenha surgido para as fêmeas colonizarem ilhas distantes sozinhas.
Com informações da agência Efe
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