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16/01/2007
-
10h58
da Folha de S.Paulo
Mais um capítulo na história do complexo relacionamento dos homens modernos com os neandertais veio à tona hoje, com um artigo publicado na revista "PNAS". O texto descreve as características morfológicas de um crânio de 40,5 mil anos encontrado na Romênia. Os ossos estudados são dos primeiros homens modernos que habitaram o atual Leste europeu.
Os resultados apresentados por uma equipe de especialistas de várias partes do mundo mostram que o crânio é de um homem moderno, mas a existência de um rosto plano e de molares superiores excepcionalmente desenvolvidos não deixam dúvidas: aquela pessoa também tinha características típicas dos neandertais.
Segundo o antropólogo Erik Trinkaus, da Universidade de Washington, em St. Louis, um dos autores do estudo, o Oase 2, como foi nomeado o crânio, "mostra que os primeiros Homo sapiens que colonizaram a Europa não eram completamente modernos".
Conforme escrevem os cientistas no artigo, os primeiros europeus não teriam chegado ao continente com as feições humanas atuais. Depois de terem migrado desde a África, há 40 mil anos aproximadamente, eles continuaram mudando.
"Essas diferenças nos levam a perguntas importantes", disse João Zilhão, arqueólogo português da Universidade de Bristol, Inglaterra, e um dos principais defensores da mistura entre sapiens e neandertais
"Esses dados podem ser conseqüência de uma regressão da evolução dos humanos ou um vazio das amostras paleontológicas de toda a diversidade que existiu naquele tempo."
Conflitos evolutivos
A nova evidência que parece confirmar uma relação entre homens modernos e neandertais não encontra ressonância na genética, no entanto.
Os dados preliminares do genoma do neandertal --o estudo completo ficará pronto no ano que vem-- mostram que houve uma divisão evolutiva entre os dois grupos entre 500 mil anos e 370 mil anos atrás. Não há traço de DNA neandertal no genoma humano.
O certo é que ambos conviveram na Eurásia por mais de 15 milênios. Os neandertais desapareceram totalmente da Europa e do Oriente Médio há cerca de 24 mil anos.
Os pesquisadores que estão estudando o genoma dos neandertais afirmam que não existem evidências robustas de que houve algum tipo de cruzamento durante esse tempo de convivência. Se elas existiram, do ponto de vista genético, não tiveram relevância alguma, dizem os cientistas.
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Mais um capítulo na história do complexo relacionamento dos homens modernos com os neandertais veio à tona hoje, com um artigo publicado na revista "PNAS". O texto descreve as características morfológicas de um crânio de 40,5 mil anos encontrado na Romênia. Os ossos estudados são dos primeiros homens modernos que habitaram o atual Leste europeu.
Os resultados apresentados por uma equipe de especialistas de várias partes do mundo mostram que o crânio é de um homem moderno, mas a existência de um rosto plano e de molares superiores excepcionalmente desenvolvidos não deixam dúvidas: aquela pessoa também tinha características típicas dos neandertais.
EFE/Scheidemann/Carstensen |
Reconstituição de neandertal |
Conforme escrevem os cientistas no artigo, os primeiros europeus não teriam chegado ao continente com as feições humanas atuais. Depois de terem migrado desde a África, há 40 mil anos aproximadamente, eles continuaram mudando.
"Essas diferenças nos levam a perguntas importantes", disse João Zilhão, arqueólogo português da Universidade de Bristol, Inglaterra, e um dos principais defensores da mistura entre sapiens e neandertais
"Esses dados podem ser conseqüência de uma regressão da evolução dos humanos ou um vazio das amostras paleontológicas de toda a diversidade que existiu naquele tempo."
Conflitos evolutivos
A nova evidência que parece confirmar uma relação entre homens modernos e neandertais não encontra ressonância na genética, no entanto.
Os dados preliminares do genoma do neandertal --o estudo completo ficará pronto no ano que vem-- mostram que houve uma divisão evolutiva entre os dois grupos entre 500 mil anos e 370 mil anos atrás. Não há traço de DNA neandertal no genoma humano.
O certo é que ambos conviveram na Eurásia por mais de 15 milênios. Os neandertais desapareceram totalmente da Europa e do Oriente Médio há cerca de 24 mil anos.
Os pesquisadores que estão estudando o genoma dos neandertais afirmam que não existem evidências robustas de que houve algum tipo de cruzamento durante esse tempo de convivência. Se elas existiram, do ponto de vista genético, não tiveram relevância alguma, dizem os cientistas.
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