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04/04/2007
-
11h20
da BBC
Depressão durante a gravidez pode aumentar o risco de dar à luz prematuramente, indica um estudo realizado no Reino Unido.
Mães que ficaram profundamente deprimidas tiveram seus bebês mais cedo do que aquelas sem depressão, mostrou uma pesquisa em pequena escala, apresentada em uma reunião do Instituto de Psiquiatria britânico.
As mães deprimidas tinham níveis significativamente mais altos de um hormônio do estresse que é conhecido como iniciador do processo do parto.
Especialistas disseram que a depressão durante a gravidez é comum, e os resultados obtidos deveriam ser examinados em um trabalho científico mais amplo.
Veronica O'Keane, psiquiatra do King's College London, mediu a quantidade do hormônio liberador da corticotropina (CRH) em 25 mulheres que tinham recebido diagnóstico de depressão profunda, mas não estavam tomando medicamentos para isso, e 35 mulheres sem depressão.
Os níveis de CRH, um hormônio associado ao estresse mas também produzido naturalmente pela placenta durante a gravidez, eram mais altos nas mulheres com depressão.
Transmissão
Em média, gestantes com depressão deram à luz dois dias mais cedo, mas três das mães no grupo de deprimidas tiveram parto prematuro (com menos de 37 semanas), em comparação a nenhuma do grupo de controle (formado por gestantes sem depressão).
O'Keane também constatou que os bebês nascidos de mães que tiveram depressão tinham níveis mais altos na saliva de um outro hormônio de estresse --cortisol-- durante vacinações de rotina com oito semanas de vida.
Pesquisas anteriores mostraram que crianças nascidas de mães que tinham níveis mais altos de ansiedade durante a gestação apresentaram níveis mais altos de cortisol aos dez anos de idade, indicando que o estresse é transmitido.
O'Keane explicou que o CRH é necessário para o desenvolvimento normal dos órgãos no feto, mas níveis mais altos, associados com a depressão, podem levar a partos prematuros.
"Na minha opinião, depressão é uma grande causa de nascimento antes da hora, porque em cerca de 30% dos casos não se sabe a causa, mas, naquele grupo, uma grande proporção sofre de estresse psicossocial grave", afirmou.
Difícil diagnóstico
Ela acrescentou que a depressão não é um problema de fácil reconhecimento e não costuma ser tratado durante a gestação.
"Existe um mito de que depressão não acontece durante a gravidez, mas a depressão pós-parto provavelmente começou na gestação em cerca de 50% dos casos."
"Eu não acho que as mulheres com um histórico de depressão devam parar com antidepressivos, mas elas deveriam consultar um especialista", disse.
Vivette Glover, especialista do Imperial College London, disse que a descoberta é significativa, mas é importante notar que a média de nascimento prematuro é de uns poucos dias.
"Nós precisamos observar a relação do CRH com o cortisol, se o aumento do cortisol pode estar tendo todo o tipo de efeito."
"Ele pode estar ligado ao nascimento de bebês menores e ao desenvolvimento do cérebro, mas há muito acontecendo e nós precisamos entender a ligação."
Segundo Glover, depressão durante a gravidez é mais comum do que a depressão pós-parto.
"Há um equilíbrio, mas se eu estivesse profundamente deprimida durante a gravidez, eu desejaria tomar antidepressivos."
Andrew Shennan, porta-voz da organização assistencial para bebês Tommy's, disse que há grande interesse na relação entre CRH e partos prematuros.
"Nós sabemos muito pouco sobre as causas de nascimentos prematuros e, como a depressão é comum, certamente vale a pena analisar melhor o tema."
Especial
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Depressão aumenta risco de partos prematuros, diz estudo
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Depressão durante a gravidez pode aumentar o risco de dar à luz prematuramente, indica um estudo realizado no Reino Unido.
Mães que ficaram profundamente deprimidas tiveram seus bebês mais cedo do que aquelas sem depressão, mostrou uma pesquisa em pequena escala, apresentada em uma reunião do Instituto de Psiquiatria britânico.
As mães deprimidas tinham níveis significativamente mais altos de um hormônio do estresse que é conhecido como iniciador do processo do parto.
Especialistas disseram que a depressão durante a gravidez é comum, e os resultados obtidos deveriam ser examinados em um trabalho científico mais amplo.
Veronica O'Keane, psiquiatra do King's College London, mediu a quantidade do hormônio liberador da corticotropina (CRH) em 25 mulheres que tinham recebido diagnóstico de depressão profunda, mas não estavam tomando medicamentos para isso, e 35 mulheres sem depressão.
Os níveis de CRH, um hormônio associado ao estresse mas também produzido naturalmente pela placenta durante a gravidez, eram mais altos nas mulheres com depressão.
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Em média, gestantes com depressão deram à luz dois dias mais cedo, mas três das mães no grupo de deprimidas tiveram parto prematuro (com menos de 37 semanas), em comparação a nenhuma do grupo de controle (formado por gestantes sem depressão).
O'Keane também constatou que os bebês nascidos de mães que tiveram depressão tinham níveis mais altos na saliva de um outro hormônio de estresse --cortisol-- durante vacinações de rotina com oito semanas de vida.
Pesquisas anteriores mostraram que crianças nascidas de mães que tinham níveis mais altos de ansiedade durante a gestação apresentaram níveis mais altos de cortisol aos dez anos de idade, indicando que o estresse é transmitido.
O'Keane explicou que o CRH é necessário para o desenvolvimento normal dos órgãos no feto, mas níveis mais altos, associados com a depressão, podem levar a partos prematuros.
"Na minha opinião, depressão é uma grande causa de nascimento antes da hora, porque em cerca de 30% dos casos não se sabe a causa, mas, naquele grupo, uma grande proporção sofre de estresse psicossocial grave", afirmou.
Difícil diagnóstico
Ela acrescentou que a depressão não é um problema de fácil reconhecimento e não costuma ser tratado durante a gestação.
"Existe um mito de que depressão não acontece durante a gravidez, mas a depressão pós-parto provavelmente começou na gestação em cerca de 50% dos casos."
"Eu não acho que as mulheres com um histórico de depressão devam parar com antidepressivos, mas elas deveriam consultar um especialista", disse.
Vivette Glover, especialista do Imperial College London, disse que a descoberta é significativa, mas é importante notar que a média de nascimento prematuro é de uns poucos dias.
"Nós precisamos observar a relação do CRH com o cortisol, se o aumento do cortisol pode estar tendo todo o tipo de efeito."
"Ele pode estar ligado ao nascimento de bebês menores e ao desenvolvimento do cérebro, mas há muito acontecendo e nós precisamos entender a ligação."
Segundo Glover, depressão durante a gravidez é mais comum do que a depressão pós-parto.
"Há um equilíbrio, mas se eu estivesse profundamente deprimida durante a gravidez, eu desejaria tomar antidepressivos."
Andrew Shennan, porta-voz da organização assistencial para bebês Tommy's, disse que há grande interesse na relação entre CRH e partos prematuros.
"Nós sabemos muito pouco sobre as causas de nascimentos prematuros e, como a depressão é comum, certamente vale a pena analisar melhor o tema."
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