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05/04/2007
-
16h38
da Folha Online
Um único gene faz com que alguns poodles tenham o tamanho de uma bolsa, enquanto permite que um dogue alemão pareça mais um pônei, anunciaram cientistas americanos nesta quinta-feira.
O estudo pode levar ao melhor entendimento da ocorrência de diferenças tamanhos e doenças em seres humanos.
A chave para a grande variedade de tamanhos em cães parece estar em uma variante do gene do crescimento chamado IGF1, anunciam os cientistas na revista "Science" desta semana.
"Descobrimos que o IGF1 é o principal regulador que determina o tamanho em cães domésticos", disse Nathan Sutter, do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano, um dos Institutos Nacionais de Saúde, que auxiliou na coordenação do estudo.
Todos os cachorros pequenos estudados tinham em comum um pequeno pedaço de DNA que reduziu o rendimento do IGF1 --o que não ocorria em cães de porte médio--, informou a equipe de 21 cientistas.
A descoberta é importante porque o IGF1 é encontrado em todos os cães e em outras espécies, incluindo seres humanos.
Ao estudar como os genes controlam o tamanho nos cães, os pesquisadores acreditam que podem entender mais sobre o tamanho do esqueleto de seres humanos.
A pesquisa também pode levar a um maior conhecimento do papel que os genes têm em doenças como câncer, em que se perde a capacidade de controlar o crescimento de células.
Início
A pesquisa começou quando K. Gordon Lark, da Universidade do Utah, descobriu que a raça conhecida como cão d'água português era ideal para estudos genéticos, porque apresenta uma grande diversidade de tamanho --com pesos de 11 kg a 35 kg-- e tem poucos criadores.
Os pesquisadores analisaram amostras de DNA e medidas de corpo de mais de 500 cães dessa raça e suspeitaram do IGF1, porque ele produz um fator de crescimento.
Com essa descoberta, Sutter e seus colegas isolaram um segmento de DNA, que abriga o IGF1, que também estava fortemente correlacionado com o tamanho da raça.
"O gene é impressionante. Ele aparece em todo lugar. Diferenças na seqüência desse gene são responsáveis por diferentes riscos de uma pessoa desenvolver câncer de próstata", disse Sutter.
Para confirmar a ligação do gene ao tamanho, os pesquisadores ampliaram o estudo para incluir 526 cachorros de 14 tipos pequenos --chihuahua e yorkshire terrier, entre outros-- e nove raças gigantes, como o mastife e o são bernardo. No final, analisaram o DNA de mais de 3.000 cachorros de 143 raças.
"A mesma variação de gene está presente em cada uma das raças de cães pequenos", afirmou Sutter.
Com Reuters
Especial
Leia o que já foi publicado sobre genética
Estudo aponta gene que define tamanho em cães
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Um único gene faz com que alguns poodles tenham o tamanho de uma bolsa, enquanto permite que um dogue alemão pareça mais um pônei, anunciaram cientistas americanos nesta quinta-feira.
O estudo pode levar ao melhor entendimento da ocorrência de diferenças tamanhos e doenças em seres humanos.
11.mar.2007/Reuters |
Gene que define tamanho em cães também existe em seres humanos |
"Descobrimos que o IGF1 é o principal regulador que determina o tamanho em cães domésticos", disse Nathan Sutter, do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano, um dos Institutos Nacionais de Saúde, que auxiliou na coordenação do estudo.
Todos os cachorros pequenos estudados tinham em comum um pequeno pedaço de DNA que reduziu o rendimento do IGF1 --o que não ocorria em cães de porte médio--, informou a equipe de 21 cientistas.
A descoberta é importante porque o IGF1 é encontrado em todos os cães e em outras espécies, incluindo seres humanos.
Ao estudar como os genes controlam o tamanho nos cães, os pesquisadores acreditam que podem entender mais sobre o tamanho do esqueleto de seres humanos.
A pesquisa também pode levar a um maior conhecimento do papel que os genes têm em doenças como câncer, em que se perde a capacidade de controlar o crescimento de células.
Início
A pesquisa começou quando K. Gordon Lark, da Universidade do Utah, descobriu que a raça conhecida como cão d'água português era ideal para estudos genéticos, porque apresenta uma grande diversidade de tamanho --com pesos de 11 kg a 35 kg-- e tem poucos criadores.
Os pesquisadores analisaram amostras de DNA e medidas de corpo de mais de 500 cães dessa raça e suspeitaram do IGF1, porque ele produz um fator de crescimento.
Com essa descoberta, Sutter e seus colegas isolaram um segmento de DNA, que abriga o IGF1, que também estava fortemente correlacionado com o tamanho da raça.
"O gene é impressionante. Ele aparece em todo lugar. Diferenças na seqüência desse gene são responsáveis por diferentes riscos de uma pessoa desenvolver câncer de próstata", disse Sutter.
Para confirmar a ligação do gene ao tamanho, os pesquisadores ampliaram o estudo para incluir 526 cachorros de 14 tipos pequenos --chihuahua e yorkshire terrier, entre outros-- e nove raças gigantes, como o mastife e o são bernardo. No final, analisaram o DNA de mais de 3.000 cachorros de 143 raças.
"A mesma variação de gene está presente em cada uma das raças de cães pequenos", afirmou Sutter.
Com Reuters
Especial
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