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12/04/2007
-
09h10
da Folha de S.Paulo
Em palestra na Fundação Oswaldo Cruz, ontem, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que o Brasil tem pouco a fazer para enfrentar o aquecimento global se o restante do planeta não fizer junto. Ela também afirmou que "é fácil defender o meio ambiente dos outros, não o nosso".
"Se reduzirmos 100% das nossas emissões [de gás carbônico] e os países ricos não reduzirem 80% das deles, seremos afetados igualmente e a Amazônia virará savana igualmente", disse ela, ressaltando que o problema é mundial.
Segundo a ministra, nos últimos dois anos houve uma redução de 51% do desmatamento no Brasil e deixaram de ser emitidos 430 milhões de toneladas de gás carbônico. Ela calcula que, se já tivesse sido aprovada proposta sua de incentivo financeiro aos países que controlam as emissões, o Brasil teria recebido US$ 800 milhões.
Para enfrentar internamente as conseqüências do aquecimento global, Marina disse estar propondo ao Palácio do Planalto a criação de um "ousado" Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que reuniria pelo menos seis ministérios.
Ela pregou uma mudança no "modelo de desenvolvimento" brasileiro. "Sou a favor do desenvolvimento, mas a qualquer custo? Se vai continuar esquentando o planeta e vamos todos derreter, não posso ser a favor", disse ela.
"Eu defendo que precisamos ter energia para crescer, mas também precisamos de proteção do meio ambiente para crescer, pois 50% do PIB [Produto Interno Bruto] depende da nossa biodiversidade. Não tem lógica nisso [em crescer sem pensar no meio ambiente]", acrescentou.
Apesar da afirmação, ela não demonstrou preocupação com o aumento da produção de álcool no país. "Temos cerca de 52 milhões de hectares de terra produtiva em repouso e, para chegarmos a 30 bilhões de litros de álcool, precisamos usar mais 3 milhões de hectares. Então, o Brasil pode fazer isso sem avançar sobre área florestada, de preservação permanente e nascentes", disse.
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"Se reduzirmos 100% das nossas emissões [de gás carbônico] e os países ricos não reduzirem 80% das deles, seremos afetados igualmente e a Amazônia virará savana igualmente", disse ela, ressaltando que o problema é mundial.
Segundo a ministra, nos últimos dois anos houve uma redução de 51% do desmatamento no Brasil e deixaram de ser emitidos 430 milhões de toneladas de gás carbônico. Ela calcula que, se já tivesse sido aprovada proposta sua de incentivo financeiro aos países que controlam as emissões, o Brasil teria recebido US$ 800 milhões.
Para enfrentar internamente as conseqüências do aquecimento global, Marina disse estar propondo ao Palácio do Planalto a criação de um "ousado" Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que reuniria pelo menos seis ministérios.
Ela pregou uma mudança no "modelo de desenvolvimento" brasileiro. "Sou a favor do desenvolvimento, mas a qualquer custo? Se vai continuar esquentando o planeta e vamos todos derreter, não posso ser a favor", disse ela.
"Eu defendo que precisamos ter energia para crescer, mas também precisamos de proteção do meio ambiente para crescer, pois 50% do PIB [Produto Interno Bruto] depende da nossa biodiversidade. Não tem lógica nisso [em crescer sem pensar no meio ambiente]", acrescentou.
Apesar da afirmação, ela não demonstrou preocupação com o aumento da produção de álcool no país. "Temos cerca de 52 milhões de hectares de terra produtiva em repouso e, para chegarmos a 30 bilhões de litros de álcool, precisamos usar mais 3 milhões de hectares. Então, o Brasil pode fazer isso sem avançar sobre área florestada, de preservação permanente e nascentes", disse.
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