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22/05/2007 - 13h56

Espécies oficialmente extintas chegam a 784 nos últimos 40 anos

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da Efe, em Sevilha

O número de espécies declaradas oficialmente extintas chegou a 784 nos últimos 40 anos. Os dados foram divulgados pela suíça Anabelle Cuttellod, da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), e pela colombiana Margarita Astrálaga, diretora do Centro de Cooperação do Mediterrâneo da UICN na Espanha.

O total de espécies oficialmente extintas desde o início dos trabalhos da UICN, há 40 anos, pode ser acrescido de 65 outras espécies que só conseguem sobreviver em cativeiro ou em programas de reprodução específicos.

Tm Wimborne/Reuters
Uma em cada três espécies de anfíbios estão ameaçadas de extinção, diz relatório
Uma em cada três espécies de anfíbios estão ameaçadas de extinção, diz relatório

Cutellod e Astrálaga destacaram que a lista de risco da UICN sobre espécies ameaçadas em 2006 --a última elaborada-- determina que, das 40.177 espécies avaliadas no mundo, 16.119 estão incluídas em alguma das quatro fases de perigo.

Na prática, estão ameaçadas 12% das espécies das aves, 23% das de mamíferos, 52% das de insetos, 32% das de anfíbios, 51% das de répteis, 25% das de coníferas e 20% das de tubarões e raias.

Astrálaga afirmou que, apesar de ter estudado apenas 60% dos vertebrados, 40% das plantas e quase 1% dos fungos e liquens do planeta, pôde-se constatar um aumento exponencial no número de espécies extintas, fato atribuído à ação do homem. "Não estamos falando de hipóteses ou de possibilidades, como alguns apontam sobre a mudança climática. Estamos falando da realidade", destacou.

How Hwee Young/EFE
Urso polar está entre as espécies de mamíferos ameaçados de extinção
Urso polar está entre as espécies de mamíferos ameaçados de extinção

Cuttellod disse que o aumento do número de espécies marinhas ameaçadas de extinção no Mediterrâneo, especialmente os cetáceos e os tubarões, indica que essa zona, "uma das que apresentam maior biodiversidade no mundo", sofre uma situação "mais grave" do que em outros mares, pela poluição e destruição de ecossistemas causadas pelo homem.

A especialista acrescentou que 64% dos anfíbios mediterrâneos são endêmicas --espécies que só ocorrem em uma região do mundo-- e que, dentre eles, 25% estão ameaçados, "o que evidencia um grave perigo de perda de biodiversidade em nível planetário".

Europa

No caso da Europa, a UICN compila "um número alarmante de espécies ameaçadas", já que se encontram em risco de extinção 42% dos mamíferos, 5% das aves, 45% das borboletas, 30% dos anfíbios e 52% dos peixes de água doce.

A UICN, criada em 1948, atua em mais de cem países e conta com uma rede de mais de 10 mil especialistas. Há 40 anos a organização vem trabalhando na elaboração de listas de espécies oficialmente extintas ou em risco de extinção.

Segundo Astrálaga, essas listas são "um indicador bastante objetivo do êxito ou do fracasso" do compromisso internacional, assumido por muitos países, para conter a extinção de animais e plantas até 2010.

 

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