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28/12/2000 - 15h49

Mutação genética pode aumentar risco de alcoolismo

da Reuters
em Nova York

Com a proximidade da noite de Ano Novo, as pessoas têm uma desculpa a mais para beber muito: os genes. Pesquisadores da Alemanha e Hungria revelaram uma mudança genética secundária em pessoas dependentes de álcool e suas famílias no gene que controla o transporte de serotonina, um importante neurotransmissor.

Se a quantidade de serotonina metabolizada no cérebro é baixa _como poderia ser verificado em casos de dano no gene para o transporte de serotonina_ e o consumo de álcool é alto, o risco de alcoolismo aumenta, informou a equipe de Dirk Lichtermann da Universidade de Bonn, Alemanha.

Os pesquisadores decidiram testar 92 pessoas dependentes de álcool e seus pais para verificar se os pacientes alcoólatras receberam a sequência curta ou longa da região que controla a atividade do gene transportador de serotonina.

Entre os 102 pacientes com uma sequência longa e uma curta de um gene, 65 transmitiram a curta para os filhos e 37 transmitiram a longa, informaram os autores.

Normalmente, poderia se esperar uma distribuição meio a meio do gene transmitido, desta forma a diferença é bastante significativa.

Segundo o trabalho publicado no "American Journal of Psychiatry", essa descoberta é suficiente para dar suporte a uma associação da sequência curta do gene à dependência de álcool, fato que está de acordo com conclusões de outros cientistas.

Esses resultados sugerem que, uma deficiência de serotonina poderia ter um papel na dependência de álcool e que as drogas que aumentam os níveis de serotonina poderiam tratar a dependência de álcool, observaram os pesquisadores.

Os cientistas concluíram que os portadores da sequência curta do gene poderiam ser identificados por testes genéticos e tratados com drogas em um esforço para prevenir ou tratar o alcoolismo.

Mais trabalhos são necessários para provar essa teoria, por isso os alcoólatras provavelmente não serão poupados da primeira ressaca de 2001.

 

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