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18/09/2000 - 11h37

EUA ameaçam o Japão com sanções por pesca de baleias

das agências internacionais

O governo norte-americano declarou que o Japão violou normas internacionais quando decidiu expandir a caça à baleia.

O precedente daria aos Estados Unidos a possibilidade de iniciar um processo para impor sanções econômicas a produtos japoneses.

"Espero que a decisão que tomamos encoraje o Japão a reverter sua ações e a respeitar o consenso internacional", disse o presidente Bill Clinton.

Em julho, o governo japonês decidiu aumentar a caça das baleias-de-Bryde e cachalotes, que ficaram vários anos fora da mira dos arpões, alegando que seriam caçadas para pesquisa científica.

O país afirma que a caça às duas espécies foi retomada porque dados científicos indicavam já haver ocorrido uma recuperação suficiente no número de baleias.

O Japão desistiu da pesca comercial em respeito à moratória internacional que começou em 1986, mas a partir de 1987 voltou a praticá-la sob pretexto da chamada pesquisa científica. O resultado são de 3.000 a 4.000 toneladas de carne de baleia servidas anualmente em restaurantes caros.

Desde as disputas comerciais que marcaram o primeiros quatro anos do governo Clinton, o aumento da caça às baleias nos dois últimos meses tornou-se um dos maiores pontos de atrito entre Tóquio e Washington.

O presidente norte-americano chegou a enviar uma carta para o primeiro-ministro Yoshiro Mori fazendo a reclamação e os EUA boicotaram uma reunião das Nações Unidas sobre ambiente no mês passado no Japão.

Para representantes do governo japonês, as sanções refletem a mudança na orientação política de Washington, com particular esforço do vice-presidente Al Gore, candidato do Partido Democrata, em estreitar suas relações com grupos ambientalistas.

Os EUA já estão compondo listas de produtos que podem ser barrados, incluindo vários tipos de frutos do mar.

A expectativa é que a publicação da lista seja suficiente para assustar os exportadores japoneses e forçá-los a suspender a caça às baleias.

Representantes japoneses dizem que, se os EUA prosseguirem com a sua decisão de impor sanções, o caso será levado à OMC (Organização Mundial do Comércio), em Genebra. Advogados especializados na área comercial dizem que o governo japonês deve ganhar na OMC.

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