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09/01/2001
-
20h54
em Bruxelas
A Grã-Bretanha e os Estados Unidos se opuseram a uma moratória no uso de armas de urânio empobrecido, aumentando as tensões políticas com os 19 membros da Otan.
Os dois aliados derrubaram um pedido da Itália durante um encontro entre autoridades da aliança militar em Bruxelas, para discutir uma pausa no uso dessa tecnologia bélica até que ela seja considerada segura.
A controvérsia sobre o uso de cápsulas de explosivos revestidas de urânio empobrecido cresceu após a notícia de que pelo menos sete soldados italianos que serviram nos Bálcãs morreram de leucemia.
Diversos veteranos que serviram na região também ficaram doentes, com uma gama de problemas que varia do câncer à queda de cabelo, gerando clamor público por investigações sobre o caso.
A Otan mantém a posição pública de que não há provas da relação entre as munições de urânio usadas nos Bálcãs e o câncer entre integrantes das tropas ocidentais, mas concordou que novos estudos devem ser realizados.
Os embaixadores da organização devem se encontrar amanhã para publicar uma declaração.
O ministro da defesa Belga, Gerard Harveng, afirma que 1.600 dos 12 mil militares que serviram em missões de paz nos Bálcãs antes da crise no Kosovo reclamam de dificuldade de concentração, distúrbios do sono e dores de cabeça.
Ele afirmou que foram registrados nove casos de leucemia, câncer no pulmão e no cérebro. Cinco das vítimas morreram. Segundo ele, no entanto, ainda não é possível determinar nenhuma ligação entre as doenças dos soldados e as armas usadas nos Bálcãs.
"É por isso que a Bélgica quer a discussão desse assunto na Otan e na União Européia. Nosso ministro quer ter uma longa conversa, para encontrar uma resposta para determinar se há perigo ou não", disse.
EUA e Grã-Bretanha se negam a banir armas de urânio empobrecido
da Reutersem Bruxelas
A Grã-Bretanha e os Estados Unidos se opuseram a uma moratória no uso de armas de urânio empobrecido, aumentando as tensões políticas com os 19 membros da Otan.
Os dois aliados derrubaram um pedido da Itália durante um encontro entre autoridades da aliança militar em Bruxelas, para discutir uma pausa no uso dessa tecnologia bélica até que ela seja considerada segura.
A controvérsia sobre o uso de cápsulas de explosivos revestidas de urânio empobrecido cresceu após a notícia de que pelo menos sete soldados italianos que serviram nos Bálcãs morreram de leucemia.
Diversos veteranos que serviram na região também ficaram doentes, com uma gama de problemas que varia do câncer à queda de cabelo, gerando clamor público por investigações sobre o caso.
A Otan mantém a posição pública de que não há provas da relação entre as munições de urânio usadas nos Bálcãs e o câncer entre integrantes das tropas ocidentais, mas concordou que novos estudos devem ser realizados.
Os embaixadores da organização devem se encontrar amanhã para publicar uma declaração.
O ministro da defesa Belga, Gerard Harveng, afirma que 1.600 dos 12 mil militares que serviram em missões de paz nos Bálcãs antes da crise no Kosovo reclamam de dificuldade de concentração, distúrbios do sono e dores de cabeça.
Ele afirmou que foram registrados nove casos de leucemia, câncer no pulmão e no cérebro. Cinco das vítimas morreram. Segundo ele, no entanto, ainda não é possível determinar nenhuma ligação entre as doenças dos soldados e as armas usadas nos Bálcãs.
"É por isso que a Bélgica quer a discussão desse assunto na Otan e na União Européia. Nosso ministro quer ter uma longa conversa, para encontrar uma resposta para determinar se há perigo ou não", disse.
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