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18/01/2001 - 12h07

Pílula que induz ao aborto é testada na Índia

da Reuters
em Nova York

Um aborto médico feito com a chamada "pílula abortiva" (RU-486) é considerado uma alternativa segura para a interrupção cirúrgica precoce da gravidez. O método vem sendo usado com sucesso na França e em outros países europeus.

Agora, um estudo publicado na edição de 13 de janeiro da revista The Lancet apresenta resultados do uso da droga que induz ao aborto, também conhecida como mifepristona, em áreas urbanas e rurais da Índia.

Durante o estudo, os pesquisadores avaliaram 900 mulheres que foram submetidas a abortos médicos -600 em áreas urbanas e 300 em rurais- entre 1995 e 1998.

"Em cada local, mais de 97% das mulheres com abortos bem-sucedidos estavam satisfeitas com seus abortos médicos e 95% escolheriam o método novamente ou o recomendariam a outras mulheres", afirma Kurus Coyaji, do Hospital Kem, em Prune, Índia, e sua equipe internacional.

As taxas de sucesso do uso da mifepristona "foram tão altas quanto as taxas européias em todos os locais", destacaram os cientistas.

"O aborto com mifepristona-misoprostol pode ser feito com segurança, eficácia e boa aceitação em departamentos de planejamento familiar urbanos e em serviços de saúde rurais na Índia", afirmaram Coyaji e sua equipe.

"Consequentemente, mesmo os serviços de saúde rurais e urbanos da Índia que não estão oferecendo abortos cirúrgicos atualmente provavelmente poderão fornecer abortos médicos", concluíram os pesquisadores.

A RU-486 foi desenvolvida para uso nas primeiras nove semanas ou 63 dias após o início da última menstruação de uma mulher. A droga bloqueia o hormônio progesterona, que é necessário ao estabelecimento e à manutenção da gestação. Quando a progesterona é bloqueada, o revestimento do útero se rompe como uma menstruação intensa.

Dois dias após tomar a RU-486, a mulher deve tomar o misoprostol para completar o aborto. Uma visita de acompanhamento ao médico confirma se a gestação foi realmente interrompida. Em alguns casos, é necessário um aborto cirúrgico, caso o método médico não tenha sido bem-sucedido.
 

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