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02/02/2001
-
12h42
em Paris
Cientistas dinamarqueses encontraram uma relação entre o crescente risco de aborto natural e a ingestão durante a gravidez de analgésicos classificados como Antiinflamatórios Sem Esteróides (AINS), segundo matéria a ser publicada no British Medical Journal (BJM) amanhã.
O estudo, coordenado pelo médico Gunnar Lauge Nielsen (do Hospital de Odder, Dinamarca), foi realizado com 1.462 mulheres grávidas que tomaram medicamentos da família dos AINS durante a gravidez, mais precisamente durante os primeiros trinta dias da gestação.
Os médicos também analisaram os casos de 4.268 mulheres que sofreram aborto espontâneo e constataram que 63 delas tomaram medicamentos da categoria AINS. Depois compararam os dados com pesquisa realizada junto a 29.750 mulheres que deram à luz a bebês vivos.
No final do estudo, não foi registrado nenhum aumento significativo dos riscos de má formação congênita, nascimentos prematuros ou peso muito baixo dos recém-nascidos, o que confirma resultados de pesquisas anteriores.
Em compensação, a investigação mostrou que tomar estes medicamentos aumenta os riscos de um aborto natural. "Que eu saiba, não existem estudos especificamente sobre o aborto natural. Nós encontramos um vínculo, mas ainda não é possível dizer que se trata de uma relação causa-efeito", declarou o médico.
Estes resultados deverão ser confirmados antes de fechar conclusões definitivas, acrescentou.
"Médicos e pacientes devem prestar atenção em todos os tratamentos, todos os medicamentos podem ter efeitos secundários indesejáveis. Portanto, os medicamentos devem ser utilizados levando em consideração isto e somente quando são necessários", continuou Nielsen.
O médico reforçou que não se deve tomar medicamentos contra a dor a não ser que haja uma indicação muito precisa e seja extremamente necessário. O estudo engloba produtos AINS (ácido niflúmico, diclofenac, ketoprofen, piroxicam...) vendidos na Dinamarca, exceto a aspirina.
Antiinflamatórios sem esteróides podem causar aborto
da France Presseem Paris
Cientistas dinamarqueses encontraram uma relação entre o crescente risco de aborto natural e a ingestão durante a gravidez de analgésicos classificados como Antiinflamatórios Sem Esteróides (AINS), segundo matéria a ser publicada no British Medical Journal (BJM) amanhã.
O estudo, coordenado pelo médico Gunnar Lauge Nielsen (do Hospital de Odder, Dinamarca), foi realizado com 1.462 mulheres grávidas que tomaram medicamentos da família dos AINS durante a gravidez, mais precisamente durante os primeiros trinta dias da gestação.
Os médicos também analisaram os casos de 4.268 mulheres que sofreram aborto espontâneo e constataram que 63 delas tomaram medicamentos da categoria AINS. Depois compararam os dados com pesquisa realizada junto a 29.750 mulheres que deram à luz a bebês vivos.
No final do estudo, não foi registrado nenhum aumento significativo dos riscos de má formação congênita, nascimentos prematuros ou peso muito baixo dos recém-nascidos, o que confirma resultados de pesquisas anteriores.
Em compensação, a investigação mostrou que tomar estes medicamentos aumenta os riscos de um aborto natural. "Que eu saiba, não existem estudos especificamente sobre o aborto natural. Nós encontramos um vínculo, mas ainda não é possível dizer que se trata de uma relação causa-efeito", declarou o médico.
Estes resultados deverão ser confirmados antes de fechar conclusões definitivas, acrescentou.
"Médicos e pacientes devem prestar atenção em todos os tratamentos, todos os medicamentos podem ter efeitos secundários indesejáveis. Portanto, os medicamentos devem ser utilizados levando em consideração isto e somente quando são necessários", continuou Nielsen.
O médico reforçou que não se deve tomar medicamentos contra a dor a não ser que haja uma indicação muito precisa e seja extremamente necessário. O estudo engloba produtos AINS (ácido niflúmico, diclofenac, ketoprofen, piroxicam...) vendidos na Dinamarca, exceto a aspirina.
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