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07/02/2001 - 13h08

Aquecimento global pode estar derretendo solo do Ártico

da Reuters
em Nairóbi (Quênia)

Cientistas da ONU (Organização das Nações Unidas) afirmaram hoje que o aquecimento global estava derretendo a permafrost (camada de solo congelado) do Ártico, liberando mais gases que provocam o efeito estufa, o que poderia elevar ainda mais as temperaturas do planeta.

"Isso é muito alarmante", disse Svein Tveidtal, um importante cientista do Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas. "O Ártico é uma área onde as mudanças de temperatura provocam grandes problemas."

O círculo vicioso poderia acelerar o chamado efeito estufa e levar à desintegração da permafrost, causando danos em prédios, estradas, oleodutos e outras construções erguidas no Ártico em áreas como o Alasca e a Sibéria.

A permafrost é um pedaço de terra que fica sempre congelado. Há várias extensões desse tipo de solo na Antártida e no Ártico.

Por milhares de anos, a permafrost retirou gás carbônico (um dos maiores responsáveis pelo efeito estufa) da atmosfera e o armazenou em seu solo na forma de vegetais que demoram para ser decompostos devido às baixas temperaturas.

No entanto, com o aumento do calor no Ártico, os micróbios decompõem as plantas a uma maior velocidade, liberando gás carbônico, o que agrava o problema do aquecimento global.

Os cientistas da ONU afirmaram que esse círculo vicioso parece já ter começado.

"Há indícios de que ao menos algumas partes do Ártico deixaram de armazenar gás carbônico para liberá-lo", disseram os cientistas que monitoram o derretimento da permafrost.
 

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