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12/02/2001 - 15h48

Alemanha apóia pesquisa de genoma apesar de passado nazista

da Reuters
em Berlim

Lideranças políticas da Alemanha prometeram hoje apoiar o desenvolvimento da pesquisa de genoma, um assunto delicado no país, devido à era de cientistas nazistas que tentaram criar uma "raça superior".

Edelgard Bulmahn, ministra alemã da Educação, Ciência, Pesquisa e Tecnologia, disse que o governo vai investir 870 milhões de marcos (US$ 425 milhões) para a pesquisa de genoma no país nos próximos três anos.

O anúncio ocorreu em uma entrevista à imprensa em Berlim, depois da divulgação do sequenciamento do genoma humano, divulgado pelas revistas "Nature" e "Science".

Acredita-se que a descoberta que decifra o código do DNA humano tem a chave para a cura de doenças como o câncer, além de enfermidades genéticas.

"É mais um passo para aprender sobre a própria vida. Consideramos (o sequenciamento do genoma) uma nova qualidade de conhecimento dos seres humanos", disse Bulmahn. Ela defendeu a ampla divulgação das informações sobre as "digitais" genéticas.

"O próximo passo é adquirir mais informações sobre os genes, sobre as causas das doenças, como também terapias", disse.

Os alemães resistiram por muito tempo a qualquer tipo de pesquisa genética, devido aos abusos dos nazistas na procriação seletiva, massacre de minorias étnicas e de pessoas deficientes.

Depois da Segunda Guerra Mundial, as indústrias médica, farmacêutica e genética do país passaram a ser controladas por leis rígidas e limitações políticas, o que tornou difícil a criação de laboratórios ou empresas de biotecnologia.

Nos últimos cinco anos, a Alemanha começou a realizar pesquisas em biotecnologia, apesar das restrições. O país está cerca de dez anos atrás dos líderes no campo, os Estados Unidos e o Reino Unido.

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