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16/02/2001 - 11h56

Drogas vindas da pesquisa genética podem ser vendidas em 5 anos

da Reuters, em São Paulo

Em cinco anos, medicamentos desenvolvidos a partir de pesquisa genética poderão estar surgindo nas prateleiras de farmácias, de acordo com o diretor médico da GlaxoSmithKline (GSK) no Brasil, Paulo Braga.

"Nossa pesquisa com Alzheimer já se encontra em fase avançada e acredito que medicamentos desenvolvidos com base na genética poderão estar disponíveis dentro de cinco anos", disse Braga.

"Em 2003 e 2004 vão começar a surgir os primeiros frutos da pesquisa genética, e em cinco anos vamos ter bons resultados para doenças como diabete, Parkinson, muitos tipos de câncer, asma, Alzheimer", reforçou John Anderson, presidente da GSK no Brasil.

A GSK é fruto da fusão entre as companhias farmacêuticas Glaxo Wellcome e SmithKlin Beecham e tem vasta experiência na pesquisa e no desenvolvimento de novas drogas, inclusive na área de genética, investindo anualmente US$ 4 bilhões em estudos.

Nessa área, as descobertas do Projeto Genoma Humano poderão ser muito úteis, de acordo com o diretor médico da GSK na América Latina e Caribe, Plácido Griño.

"Com nossa experiência na pesquisa genética, acredito que o futuro deve ser brilhante", disse Griño, durante entrevista coletiva de lançamento da GSK na América Latina transmitida simultaneamente a 12 países direto da Cidade do México.

"A descoberta de que o número de genes humanos é de cerca de 30 mil, muito menor do que a estimativa anterior, tem um lado positivo, já que esse número será mais fácil de ser estudado", explicou Griño.

"Ela também tem um lado negativo, já que teremos que pesquisar as diversas proteínas desses genes, onde provavelmente encontraremos os achados terapêuticos", acrescentou Griño.

"As informações dos estudos do genoma humano poderão ajudar na pesquisa e no desenvolvimento de novas drogas que combatam a causa da doença, podendo transformar a medicina do futuro em uma medicina curativa", acrescentou Braga.

Braga explicou que, com base na compreensão do genoma humano, pode-se chegar às proteínas envolvidas no desenvolvimento de determinada doença, por exemplo.

"E, no longo prazo, as informações produzidas pelos estudos do genoma humano poderão ajudar no desenvolvimento do medicamento certo ao paciente certo, com base também nas próprias informações genéticas do paciente, aumentando ainda mais a eficácia do tratamento", disse.

A GSK também planeja o lançamento de novos produtos no Brasil, informou Anderson, como um medicamento anti-HIV.

O novo medicamento para o tratamento de HIV/Aids da GSK é o Triovir, que na verdade conjuga três drogas já existentes no mercado: a zidovudina, a lamivudina e o abacavir, todos pertencentes à classe de inibidores de nucleosídeos da transcriptase reversa.

"O Triovir, que já foi lançado no mercado norte-americano no ano passado, está em fase de análise pela Vigilância Sanitária e deve chegar ao mercado no segundo semestre deste ano", disse Braga.

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