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21/02/2001
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15h56
Um vírus comum que raramente causa sintomas em adultos saudáveis, mas é capaz de provocar lesão cerebral ou morte em recém-nascidos pode ser transmitido pelo leite materno, afirmaram pesquisadores alemães.
Mais da metade da população está infectada com o citomegalovírus (CMV), um tipo de herpesvírus. O vírus raramente causa sintomas em adultos com sintomas imunes saudáveis, embora pesquisas anteriores tenham relacionado o CMV a um risco maior de doença cardíaca.
O vírus pode causar cegueira, lesão cerebral ou defeitos ao nascimento quando passado da mãe para o feto durante a gravidez.
Pesquisas anteriores demonstraram que o CMV pode ser transmitido a bebês pelo leite materno, mas somente prematuros pareciam desenvolver qualquer sintoma.
Agora, Klaus Hamprecht, do Hospital Universitário de Tubingen, e sua equipe afirmaram que o CMV pode ser transmitido a bebês prematuros pelo leite materno com frequência muito maior do que se acreditava.
No estudo de bebês prematuros amamentados por suas mães, os pesquisadores compararam 90 recém-nascidos cujas mães apresentavam resultado positivo para CMV com um grupo de 'controle' de 80 recém-nascidos cujas mães eram CMV negativo.
Nenhuma das mães cujo resultado foi negativo para CMV tinha o DNA do vírus em seu leite e nenhum de seus bebês apresentava o vírus em sua urina, o que iria indicar uma infecção.
Por outro lado, 96% das mulheres com resultado positivo para CMV apresentavam o DNA viral em seu leite. Isso significa que a infecção com CMV de uma gestante foi reativada durante a gravidez, fazendo com que ela apresentasse o vírus no leite materno, explicou Hamprecht.
No geral, 37% das mulheres passaram o CMV a seus filhos, afirmaram os cientistas na edição de 17 de fevereiro da revista The Lancet. O risco de transmitir o CMV foi maior quando o DNA viral apareceu no soro do leite materno, a parte aquosa do leite, durante alguns dias após o nascimento do que quando o DNA não aparecia.
Um pouco mais do que metade dos recém-nascidos infectados não desenvolveu nenhum sintoma, embora 12% dos bebês desenvolveram sintomas similares a uma infecção grave chamada sépsis. Os sintomas desapareceram em todas as crianças.
Hamprecht afirmou que é a favor da amamentação, que muitos estudos vêm demonstrando ser de grande benefício ao desenvolvimento do recém-nascido.
O pesquisador acredita que é necessário proteger recém-nascidos de peso muito baixo ao nascimento do perigo potencial de CMV.
Hamprecht e sua equipe estão trabalhando uma forma de desativar o CMV no leite materno para prevenir sua transmissão a bebês. Como mães de bebês muito prematuros retiram seu leite com uma bomba e o armazenam para alimentação, pode ser fácil desativar o vírus no leite antes de dá-lo ao bebê, explicou o cientista.
Leite materno pode transmitir vírus a bebês
da Reuters, em Nova YorkUm vírus comum que raramente causa sintomas em adultos saudáveis, mas é capaz de provocar lesão cerebral ou morte em recém-nascidos pode ser transmitido pelo leite materno, afirmaram pesquisadores alemães.
Mais da metade da população está infectada com o citomegalovírus (CMV), um tipo de herpesvírus. O vírus raramente causa sintomas em adultos com sintomas imunes saudáveis, embora pesquisas anteriores tenham relacionado o CMV a um risco maior de doença cardíaca.
O vírus pode causar cegueira, lesão cerebral ou defeitos ao nascimento quando passado da mãe para o feto durante a gravidez.
Pesquisas anteriores demonstraram que o CMV pode ser transmitido a bebês pelo leite materno, mas somente prematuros pareciam desenvolver qualquer sintoma.
Agora, Klaus Hamprecht, do Hospital Universitário de Tubingen, e sua equipe afirmaram que o CMV pode ser transmitido a bebês prematuros pelo leite materno com frequência muito maior do que se acreditava.
No estudo de bebês prematuros amamentados por suas mães, os pesquisadores compararam 90 recém-nascidos cujas mães apresentavam resultado positivo para CMV com um grupo de 'controle' de 80 recém-nascidos cujas mães eram CMV negativo.
Nenhuma das mães cujo resultado foi negativo para CMV tinha o DNA do vírus em seu leite e nenhum de seus bebês apresentava o vírus em sua urina, o que iria indicar uma infecção.
Por outro lado, 96% das mulheres com resultado positivo para CMV apresentavam o DNA viral em seu leite. Isso significa que a infecção com CMV de uma gestante foi reativada durante a gravidez, fazendo com que ela apresentasse o vírus no leite materno, explicou Hamprecht.
No geral, 37% das mulheres passaram o CMV a seus filhos, afirmaram os cientistas na edição de 17 de fevereiro da revista The Lancet. O risco de transmitir o CMV foi maior quando o DNA viral apareceu no soro do leite materno, a parte aquosa do leite, durante alguns dias após o nascimento do que quando o DNA não aparecia.
Um pouco mais do que metade dos recém-nascidos infectados não desenvolveu nenhum sintoma, embora 12% dos bebês desenvolveram sintomas similares a uma infecção grave chamada sépsis. Os sintomas desapareceram em todas as crianças.
Hamprecht afirmou que é a favor da amamentação, que muitos estudos vêm demonstrando ser de grande benefício ao desenvolvimento do recém-nascido.
O pesquisador acredita que é necessário proteger recém-nascidos de peso muito baixo ao nascimento do perigo potencial de CMV.
Hamprecht e sua equipe estão trabalhando uma forma de desativar o CMV no leite materno para prevenir sua transmissão a bebês. Como mães de bebês muito prematuros retiram seu leite com uma bomba e o armazenam para alimentação, pode ser fácil desativar o vírus no leite antes de dá-lo ao bebê, explicou o cientista.
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