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22/02/2001
-
17h01
Um grupo de 80 cientistas norte-americanos ganhadores do Prêmio Nobel assinaram uma carta ao presidente George W. Bush, pedindo a ele para não bloquear o repasse de verbas a pesquisas que fazem uso de células-tronco retiradas de embriões humanos.
A carta, publicada pelo jornal Washington Post, é uma última tentativa de tentar influenciar a administração Bush para que estudos que buscam a cura de doenças graves não percam os fundos.
A carta foi elaborada faltando três semanas para o fim do prazo para que cientistas do NIH (Instituto Nacional de Saúde, sigla em inglês) se inscrevam para a primeira etapa de pesquisas.
Os pesquisadores dizem que as células-tronco devem ser retiradas de embriões congelados em clínicas de fertilidade que estiverem jogando-os fora. As células podem um dia representar a cura para doenças desde a diabetes até a paralisia.
Grupos anti-aborto adversários da liberação afirmam que a pesquisa com células-tronco é imoral, porque causa a morte de embriões.
Os vencedores do Nobel afirmam na carta que não usá-las "é que seria imoral", já que elas podem levar ao desenvolvimento de terapias para as pessoas que sofrem dessas doenças.
Entre os notáveis que assinam o documento estão James Watson, que descobriu a estrutura do DNA em 1962; Hamilton O. Smith, um dos principais cientistas do projeto Genoma; e Edward Lewis, especialista em desenvolvimento de embriões.
Os redatores da carta foram Michael West e Robert Lanza, da empresa "Advanced Cell Technology".
Oponentes como Douglas Johnson, diretor do Comitê Nacional de Direito à Vida criticaram a carta.
"Assim como a guerra é importante demais para ser deixada apenas nas mãos de generais, o assassinato de seres humanos em pesquisas médicas é um assunto importante demais para ser deixado apenas aos cientistas, mesmo que sejam ganhadores do Nobel", disse.
O secretário de Serviços de Saúde, Tommy Thompson, disse que vai rever a decisão da administração Clinton de financiar as pesquisas com células-tronco. Bush não mencionou, por enquanto, a possibilidade de proibir essas pesquisas no setor privado.
Vencedores do Nobel pedem que Bush libere uso de células-tronco
da Folha OnlineUm grupo de 80 cientistas norte-americanos ganhadores do Prêmio Nobel assinaram uma carta ao presidente George W. Bush, pedindo a ele para não bloquear o repasse de verbas a pesquisas que fazem uso de células-tronco retiradas de embriões humanos.
A carta, publicada pelo jornal Washington Post, é uma última tentativa de tentar influenciar a administração Bush para que estudos que buscam a cura de doenças graves não percam os fundos.
A carta foi elaborada faltando três semanas para o fim do prazo para que cientistas do NIH (Instituto Nacional de Saúde, sigla em inglês) se inscrevam para a primeira etapa de pesquisas.
Os pesquisadores dizem que as células-tronco devem ser retiradas de embriões congelados em clínicas de fertilidade que estiverem jogando-os fora. As células podem um dia representar a cura para doenças desde a diabetes até a paralisia.
Grupos anti-aborto adversários da liberação afirmam que a pesquisa com células-tronco é imoral, porque causa a morte de embriões.
Os vencedores do Nobel afirmam na carta que não usá-las "é que seria imoral", já que elas podem levar ao desenvolvimento de terapias para as pessoas que sofrem dessas doenças.
Entre os notáveis que assinam o documento estão James Watson, que descobriu a estrutura do DNA em 1962; Hamilton O. Smith, um dos principais cientistas do projeto Genoma; e Edward Lewis, especialista em desenvolvimento de embriões.
Os redatores da carta foram Michael West e Robert Lanza, da empresa "Advanced Cell Technology".
Oponentes como Douglas Johnson, diretor do Comitê Nacional de Direito à Vida criticaram a carta.
"Assim como a guerra é importante demais para ser deixada apenas nas mãos de generais, o assassinato de seres humanos em pesquisas médicas é um assunto importante demais para ser deixado apenas aos cientistas, mesmo que sejam ganhadores do Nobel", disse.
O secretário de Serviços de Saúde, Tommy Thompson, disse que vai rever a decisão da administração Clinton de financiar as pesquisas com células-tronco. Bush não mencionou, por enquanto, a possibilidade de proibir essas pesquisas no setor privado.
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