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22/02/2001 - 20h26

Destruição da Mir preocupa governo japonês

da Reuters, em Tóquio

Imagine-se o pior cenário possível na execução dos planos para destruição da Mir: um mecanismo dos foguetes falha, tirando as 130 toneladas da sucata espacial Russa de órbita e fazendo-a cair na principal ilha do Japão.

As chances de algo como isso acontecer, dizem os especialistas, são de uma em mil.

As estatísticas, no entanto, não tranquilizaram o governo japonês, que já montou uma equipe de monitoramento para acompanhar a operação. A mídia local, por sua vez, bombardeia os leitores com reportagens alarmistas.

'A reentrada da Mir na atmosfera é realmente segura?', perguntava uma manchete na capa do Asahi Shinbun, jornal de maior circulação no país.

A descida da Mir deve ocorrer em meados de março ao sul do Oceano Pacífico.

Para chegar lá, a estação deve passar sobre a Sibéria, lugares remotos na China e Coréias e então sobrevoar a área de Kansai, no oeste do Japão, por volta do dia 13 de março. Se tudo der certo, essa será a última área habitada pela qual a Mir passará.

No momento de sua entrada na atmosfera, a estação deve se partir em cerca de 1.500 pedaços - que podem pesar entre 20 kg e 700 kg - e cair sobre a região alvo, que mede cerca de 190 km por 5.700 km.

Apesar da complexidade dos planos, o que mais preocupa os japoneses, no entanto, é o histórico de erros e acidentes pelos quais a Mir já passou.

Em fevereiro de 1997, a Mir teve um princípio de incêndio a bordo. Em junho, a estação teve uma colisão com uma nave de carga não tripulada.

Durante o último natal, os técnicos da Agência Espacial Russa perderam a comunicação com a estação por 20 horas por causa de um blecaute.

Em meio às tentativas de se disseminar o pânico, o governo japonês afirma que reconhece a capacidade dos russos de executar a operação com sucesso. 'Todas as medidas estão sendo tomadas por precaução, diz Noriko Shiomitsu, da agência espacial do Japão.
 

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