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23/02/2001 - 16h37

Consórcio estrangeiro visita Centro de Lançamento de Alcântara

da Folha Online

Os representantes do consórcio APSC (Asia Pacific Space Centre), formado por empresas dos EUA, Coréia do Sul e Austrália, interessadas em utilizar os serviços do CLA (Centro de Lançamento de Alcântara), no Maranhão, foram recebidos pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg.

O consórcio pretende utilizar foguetes russos para lançar satélites norte-americanos e está examinando também propostas de bases de lançamento em outros países, mas Alcântara pode ser uma alternativa economicamente mais viável.

Esta é a quarta vez que representantes do consórcio visitam o Brasil para analisar as condições oferecidas pela CLA para implantação do sistema de lançamento.

Segundo o ministro Sardenberg, os estrangeiros indagaram sobre as exigência impostas pelo Brasil. Uma delas foi quanto ao licenciamento dos lançamentos, que será feito pela AEB (Agência Espacial Brasileira).

Além da localização estratégica, Alcântara tem espaço (600km2 ) para realizar até seis lançamentos em áreas distintas e um completo sistema de rastreamento instalado nas suas proximidades.

Neste ano, o governo brasileiro vai investir R$ 27 milhões em obras de infra-estrutura, como estradas e um porto com capacidade para receber equipamentos de grandes proporções.

Sardenberg também confirmou que técnicos do Ministério, da AEB e do Comando da Aeronáutica estudam a proposta de criação de uma empresa estatal que ficaria responsável pelos contratos de lançamento em Alcântara.

"Vamos estudar em profundidade as demandas das empresas estrangeiras, pois há grande interesse do governo brasileiro em tornar o nosso centro economicamente viável", disse o ministro. Ele acredita que o CLA possa vir a liderar os programas de desenvolvimento econômico e social para a região onde está instalado.

A taxa de lançamento de foguetes, no mercado internacional, varia de US$ 800 mil a US$ 4 milhões. Cada lançamento custa cerca de US$ 50 milhões e chega a envolver 600 técnicos. Isso quer dizer que o Centro pode aquecer toda a economia ao seu redor, desde serviços especializados até o setor de turismo e hotelaria.

Desde que construiu o CLA, na década de 80, o governo brasileiro investiu US$ 300 milhões em suas instalações e lançou mais de 200 foguetes de sondagens.
 

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