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23/02/2001
-
19h52
Uma equipe de cientistas norte-americanos identificaram uma proteína que faz com que os pêlos de camundongos cresçam mais grossos. Eles esperam que a proteína possa levar a um tratamento para a calvície masculina, especialmente a forma hereditária que faz com que muitos homens de meia idade comecem a perder cabelo.
A proteína é chamada VEGF (Fator de Crescimento Endotelial Vascular) e é encontrada em humanos e camundongos. A VEGF parece fazer com que os vasos sanguíneos no folículo piloso fiquem maiores, fornecendo nutrientes ao cabelo para que ele possa crescer, explicou o coordenador do estudo, Michael Detmar, do Hospital Geral de Massachusetts e da Escola de Medicina de Harvard.
No estudo, Detmar e sua equipe criaram um grupo de camundongos geneticamente modificados que tinham células do folículo piloso que produziam mais proteína VEGF.
"Os camundongos apresentaram vasos sanguíneos maiores em torno do folículo piloso", disse Detmar. "Mas a descoberta surpreendente é que suas raízes capilares ficaram maiores, e isso levou a uma formação capilar mais grossa. O pêlo apresentou um volume 70% maior", afirmou o pesquisador.
"É importante que as pessoas entendam que não cresceu mais pêlo nos camundongos, somente pêlo mais grosso", diz Detmar. Além disso, os pesquisadores descobriram que, quando eles raspavam os animais, seus pêlos também cresceram mais rápido.
"O desafio agora é verificar se o mesmo mecanismo funciona no cabelo humano", disse Detmar. Nesse ponto, ele destacou que quer ser cauteloso ao divulgar as descobertas de sua equipe, afirmando que não quer dar uma falsa esperança às pessoas.
Desde que seu estudo foi publicado, na edição de fevereiro de The Journal of Clinical Investigation, as notícias se espalharam rapidamente. "Venho recebendo muitos telefonemas e e-mails de todo o mundo. Todos de pessoas que querem participar dos primeiros ensaios clínicos humanos", disse Detmar. "Os ensaios humanos estão longe de acontecer", afirmou ele.
Detmar destacou que aumentar a quantidade de VEGF nas células das raízes capilares em humanos não será fácil. "A proteína não pode ser aplicada topicamente, pois é muito grande para ser absorvida pela pele. Também é muito caro produzir VEGF pura", disse ele.
"Nosso objetivo será induzir a produção de VEGF nas células das raízes capilares", disse o pesquisador. Caso seja bem-sucedido, o tratamento poderá ajudar a tratar a calvície masculina.
"Nessa condição, os folículos pilosos ainda estão no couro cabeludo, mas estão muito pequenos e não conseguem produzir cabelo. Se pudermos aumentar a produção de VEGF nas células das raízes capilares, poderemos estimular o crescimento de uma haste de cabelo mais grossa", disse Detmar.
Cientistas descobrem proteína que pode tratar calvície
da Reuters, em Nova YorkUma equipe de cientistas norte-americanos identificaram uma proteína que faz com que os pêlos de camundongos cresçam mais grossos. Eles esperam que a proteína possa levar a um tratamento para a calvície masculina, especialmente a forma hereditária que faz com que muitos homens de meia idade comecem a perder cabelo.
A proteína é chamada VEGF (Fator de Crescimento Endotelial Vascular) e é encontrada em humanos e camundongos. A VEGF parece fazer com que os vasos sanguíneos no folículo piloso fiquem maiores, fornecendo nutrientes ao cabelo para que ele possa crescer, explicou o coordenador do estudo, Michael Detmar, do Hospital Geral de Massachusetts e da Escola de Medicina de Harvard.
No estudo, Detmar e sua equipe criaram um grupo de camundongos geneticamente modificados que tinham células do folículo piloso que produziam mais proteína VEGF.
"Os camundongos apresentaram vasos sanguíneos maiores em torno do folículo piloso", disse Detmar. "Mas a descoberta surpreendente é que suas raízes capilares ficaram maiores, e isso levou a uma formação capilar mais grossa. O pêlo apresentou um volume 70% maior", afirmou o pesquisador.
"É importante que as pessoas entendam que não cresceu mais pêlo nos camundongos, somente pêlo mais grosso", diz Detmar. Além disso, os pesquisadores descobriram que, quando eles raspavam os animais, seus pêlos também cresceram mais rápido.
"O desafio agora é verificar se o mesmo mecanismo funciona no cabelo humano", disse Detmar. Nesse ponto, ele destacou que quer ser cauteloso ao divulgar as descobertas de sua equipe, afirmando que não quer dar uma falsa esperança às pessoas.
Desde que seu estudo foi publicado, na edição de fevereiro de The Journal of Clinical Investigation, as notícias se espalharam rapidamente. "Venho recebendo muitos telefonemas e e-mails de todo o mundo. Todos de pessoas que querem participar dos primeiros ensaios clínicos humanos", disse Detmar. "Os ensaios humanos estão longe de acontecer", afirmou ele.
Detmar destacou que aumentar a quantidade de VEGF nas células das raízes capilares em humanos não será fácil. "A proteína não pode ser aplicada topicamente, pois é muito grande para ser absorvida pela pele. Também é muito caro produzir VEGF pura", disse ele.
"Nosso objetivo será induzir a produção de VEGF nas células das raízes capilares", disse o pesquisador. Caso seja bem-sucedido, o tratamento poderá ajudar a tratar a calvície masculina.
"Nessa condição, os folículos pilosos ainda estão no couro cabeludo, mas estão muito pequenos e não conseguem produzir cabelo. Se pudermos aumentar a produção de VEGF nas células das raízes capilares, poderemos estimular o crescimento de uma haste de cabelo mais grossa", disse Detmar.
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